Você leu {{ signinwall.data.visits }} de {{ signinwall.data.limit }} notícias.
Possui cadastro? Faça login aqui
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.
Para acessar o conteúdo, faça seu login abaixo:
Faça login ou cadastre-se
Pesquisadores das Faculdades de Medicina e Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Estadual de Campinas realizaram estudo que avalia o uso de medicamentos entre idosos residentes em áreas urbanas e rurais do município de Carlos Barbosa (RS).
Os resultados, publicados nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, indicam disparidades quanto ao consumo de medicamentos entre as duas populações analisadas.
O estudo, que contou com a participação de 811 pessoas (no mínimo, 60 anos), revela maior prevalência no uso de medicamentos e polifarmácia entre idosos urbanos (79,4%), em comparação aos residentes da área rural (63,5%) do município.
O uso contínuo de medicamentos foi relatado por 72,3% do total de idosos estudados. "A indisponibilidade de serviços de saúde próximos ao local de residência, o acesso reduzido a esses serviços disponíveis em outros locais, as restrições financeiras e o isolamento social do morador da área rural podem contribuir para o menor acesso ao consumo de medicamentos", explicam os pesquisadores.
Aspectos relacionados ao trabalho rural também influenciam no uso de remédios. Trabalhadores rurais, que permanecem o dia inteiro na lavoura, podem desistir de utilizar medicação com mais frequência do que os urbanos, especialmente se o uso for dificultado pelas condições próprias do trabalho rural. É o caso de medicamentos que necessitam ser administrados várias vezes ao dia ou que exigem técnicas e aparatos especiais para a administração.
Os medicamentos com ação sobre o aparelho cardiovascular foram os mais utilizados pelas duas populações, uma vez que, por representar uma das principais causas de morbimortalidade entre idosos, são frequentemente prescritos.
Os pesquisadores ficaram surpresos com o elevado uso de antidepressivos, principalmente entre os idosos de área urbana, que respondem por 16,9% do consumo desse tipo de medicação.
Os resultados quanto à prevalência para o uso de polifarmácia, que foi de 13,9% entre os idosos rurais e urbanos, foram semelhantes aos alcançados na análise do uso de medicamentos para todas as características analisadas.