A maior autoridade em saúde do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), publicou na última quarta-feira (8/9) um informe mundial com elogios aos avanços no sistema público de saúde brasileiro. E também fez um alerta para a necessidade de solução para o subfinanciamento do setor.
Segundo avaliação da organização, o Brasil avança a caminho da cobertura universal em saúde, com destaque para o aumento no alcance da Estratégia de Saúde da Família, que hoje conta com mais de 30 mil equipes, que já atendem mais de 97 milhões de pessoas em todo o País. "A estratégia é peça chave do Sistema Único de Saúde", diz o boletim, cuja íntegra está em destaque na página da OMS na internet."
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A OMS ainda menciona ainda os esforços que resultaram na redução da mortalidade infantil no Brasil, de 46 óbitos por mil nascidos vivos, em 1990, para 18 mortes por mil nascidos vivos, em 2008. Essa redução levará o Brasil a alcançar, em 2012, a quarta meta dos objetivos de desenvolvimento do milênio, três anos antes da data limite fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A OMS também reforça que mais de 75% da população brasileira depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a serviços de saúde, que "além de ofertarem o atendimento primário em saúde disponibilizam uma variedade de serviços hospitalares, incluindo cirurgias cardíacas, diagnósticos de imagem e laboratoriais sofisticados."
O documento destaca também as campanhas de prevenção e programas como o Farmácia Popular e o Brasil Sorridente, além do Programa Nacional de Imunizações, que contabiliza a aplicação de 130 milhões de doses/ano, sem contar com medidas recentes como a campanha de vacinação contra a gripe H1N1, quando foram imunizados 89,4 milhões de brasileiros, e a vacinação de mais de 67 milhões de adultos contra a rubéola.
RECURSOS
Especialistas e gestores de saúde entrevistados pela OMS são unânimes em avaliar que a continuidade dos bons resultados passa necessariamente por uma solução para a falta de recursos para o setor. "Em nível federal, o problema principal é a falta de recursos", diz o documento.
Embora 98% dos municípios brasileiros cumpram o mínimo de 15% de destinação de seu orçamento à saúde, mais da metade dos Estados brasileiros não atinge a meta de 12% do orçamento investido em saúde. "Apesar dos problemas relacionados ao financiamento, houve melhoras significativas no setor saúde no Brasil", diz a OMS.
* Com informações da Agência Saúde / Ministério da Saúde
