Além de Temer, também marcaram presença Sartori, Alckmin, além de Alexandre de Moraes, Serra e Padilha Foto: AFP
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A grande maioria das autoridades que estiveram presentes ao evento já foi embora. Além de Temer, também marcaram presença os governadores do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (PMDB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), além dos ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, das Relações Exteriores, José Serra, e da Casa Civil, Alexandre Padilha. Entre os ministros do STF, Gilmar Mendes, Dias Tofolli e Ricardo Lewandowski vieram prestigiar o colega. O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, também esteve presente.
No momento, a presidente do STF, Cármen Lúcia, acompanha a família nas últimas despedidas ao ministro. O velório deve ser fechado ao público às 16 horas e o enterro está programado para 18 horas, no cemitério Jardim da Paz, na zona lesta de capital gaúcha.
A tragédia
O relator da Lava Jato, ministro do STF Teori Zavascki, estava no avião que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde da última quinta-feira. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte do magistrado.
Ele era um dos passageiros do avião bimotor que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira (19). A aeronave de pequeno porte partiu do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01, com destino à cidade fluminense. Além do ministro, mais quatro pessoas estavam no avião, que também faleceram. Os corpos das vítimas ficaram presos às ferragens da aeronave, que ficou quase inteiramente submersa, com cerca de 80% de sua estrutura debaixo do mar.
Carreira
Nascido em Faxinal dos Guedes, Santa Catarina, em 15 de agosto de 1948, Teori Albino Zavascki era o relator da Operação Lava Jato, no STF, sendo responsável por cerca de 7 mil processos. Em maio de 2016, ele tomou uma atitude inédita na Corte e convocou um juiz a mais para ajudar com os processos. Outros ministros têm dois magistrados à disposição. Zavascki tinha três.
Atualmente, o ministro Teori Zavascki tinha sob sua relatoria 13 ações penais e 67 inquéritos, sendo que duas ações penais e 42 inquéritos eram da Operação Lava-Jato. Embora as investigações ainda não estejam na fase final, já provocaram muita dor de cabeça em autoridades em Brasília.
Saiu do gabinete do ministro, por exemplo, a ordem de afastamento do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Teori também já determinou a prisão do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), que era líder do governo no Senado. Os dois foram punidos por tentativa de atrapalhar as investigações da Lava-Jato.