Independente das divergências políticas, ele representou muito para o nosso Estado, disse a estudante de direito, Bianca Oliveira Foto: Luiz Pessoa/ NE10
O aposentado Lenildo Germano recebeu a notícia com pesar. Eleitor de carteirinha do socialista, ele iria para São Paulo só para votar nele. "Um homem íntegro, um político jovem, dinâmico. O Brasil perdeu muito com essa morte", lamentou.
O mais importante legado de Eduardo Campos, na opinião da artesã Tereza Figueiredo, foram a escola integral e o intercâmbio cultural dos alunos do ensino médio. "Ele era o meu candidato número um para presidente da República. Ele seria o candidato ideal para presidente do Brasil", concluiu.
"A educação cresceu nos últimos sete anos e meio, além da saúde pública. Independente das divergências políticas, ele representou muito para o nosso Estado", disse a estudante de direito, Bianca Oliveira.
TRAJETÓRIA - Eduardo Campos nasceu em 1965, neto de um grande nome da política nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Iniciou a vida política ainda na década de 1980, ao lado do avô. Foi candidato a prefeito de Recife, já foi deputado federal e ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do presidente Lula.
O acidente que vitimou Campos aconteceu no mesmo dia da morte do avô, Miguel Arraes: 13 de agosto de 2005. Eduardo morreu cerca de 20 dias após a morte do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, que sempre esteve presente em sua vida política e pessoal.