Último adeus

Políticos participam de velório de Marisa Letícia

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 04/02/2017 às 13:23
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O velório de Marisa acontece na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo / Foto: AFP

O velório de Marisa acontece na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo Foto: AFP

  O velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia começou pouco depois da 9 horas na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. No início, foi aberto apenas a familiares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT). O escritor Frei Betto fez uma oração.

Também estiveram no velório para se solidarizar com o ex-presidente Lula e manifestar pesar à família os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e de Minas Gerias, Fernando Pimentel, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), além de ex-ministros da gestão de Lula na Presidência da República, como Luiz Dulci, Luiz Marinho, Gilberto Carvalho e Paulo Vannuchi. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e os ex-ministros da gestão de Dilma Rousseff,Juca Ferreira e Aloizio Mercandate também prestaram solidariedade ao ex-presidente.

Dilma Rousseff

Dilma chegou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo Campo, onde ocorre o velório de dona Marisa, por volta das 11h30. Ela cumprimentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e permaneceu ao lado do caixão recebendo abraços de populares.

Lindbergh Farias (PT-RJ)

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia foi "vítima de perseguição", o que teria contribuído para agravar seu estado de saúde. "Estou engasgado com isso. Ela foi vítima de uma perseguição gigantesca e não aguentou", disse o senador, ao chegar no velório.

Luiza Erundina (Psol)

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) afirmou que a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia pode estimular a união das esquerdas. "Estou percebendo que gente do passado pode se juntar de novo para pensar em um projeto de conquistas e direitos para o País", disse a jornalistas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde o corpo de Marisa é velado.

Para Erundina, a ex-primeira-dama foi uma "companheira e teve uma relação igualitária com (o ex-presidente) Lula".

Mais cedo, a ex-presidente Dilma Rousseff passou rapidamente pelo velório. Ela deu um abraço em Lula e foi embora logo na sequência, sem falar com a imprensa.

Wellington Dias (PT)

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou há pouco que a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia "é uma perda muito grande não só para o (ex-presidente) Lula, mas também para o campo político". A declaração foi dada a jornalistas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde o corpo de Marisa está sendo velado.

Segundo ele, a "perseguição" à família de Lula "teve consequências" e "influenciou" o desenvolvimento do acidente vascular cerebral (AVC) que acabou vitimando Marisa. Ontem, o governador decretou luto durante três dias no Estado do Piauí pelo falecimento da ex-primeira-dama.

Geraldo Alckmin (PSDB)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse neste sábado que conversou ontem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano lembrou da perda de seu filho, em acidente de helicóptero em 2015, e ambos falaram sobre o momento difícil que é a morte de alguém próximo.

Alckmin não foi ao velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Neste sábado, ele fez vistoria às obras da estação Brooklin da futura Linha 5 - Lilás do Metrô.

AFP
Corpo da ex-primeira dama Marisa Letícia é velado em São Bernardo do Campo - AFP
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Morte cerebral de Marisa

Marisa Letícia Lula da Silva, a 36ª primeira-dama do Brasil, morreu aos 66 anos, na noite desta sexta-feira (3). Dona Marisa foi internada no dia 24 de janeiro no Hospital Sírio-Libanês, também em São Paulo, depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico. O quadro clínico dela foi considerado gravíssimo e irreversível pela equipe médica na noite da última quarta-feira (1º). Na quinta, foi declarada morte cerebral e a família Lula da Silva autorizou a doação dos órgãos.

Biografia

Nascida Marisa Letícia Rocco Casa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, dona Marisa é de uma família de imigrantes italianos de origem agrícola. Morou com os dez irmãos no sítio dos Casa até os 5 anos de idade. Foi casada com o taxista Marcos Cláudio antes de conhecer Lula. Com ele, teve seu primeiro filho, Marcos, porém, seis meses após o casamento, ainda grávida, Marisa perdeu o marido, que foi assassinado a tiros.

Em 1973, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Eles se casaram sete meses depois e tiveram três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. Marisa tem ainda uma enteada, Lurian, filha de Lula e sua ex-namorada Miriam Cordeiro.

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