Por meio do recurso, basta maioria simples para que a admissibilidade do pedido de afastamento da petista seja aprovada Foto: Lula Marques / Agência PT
O líder do PPS, Rubens Bueno, afirmou que "não é uma decisão monocrática" do Supremo que vai retirar do plenário o poder de decidir se o processo de impeachment será ou não aberto. Ele se referia às três decisões dos ministros Rosa Weber e Teori Zavascki que barraram o rito para o processo na Câmara estabelecido por Cunha ao responder questão de ordem da oposição
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Alinhado a Cunha, o líder do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, disse confiar que o presidente da Câmara dará início ao processo de impeachment na Casa caso o Supremo não julgue os recursos às liminares favoravelmente à oposição.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira, 21, Cunha admitiu a possibilidade de revogar o rito e levar em frente a tramitação do processo de impeachment baseado na Constituição e na legislação que trata de crimes de responsabilidade. Caso o STF não julgue rapidamente os recursos que apresentou na segunda-feira, 19, Cunha poderá revogar a questão de ordem para que as ações percam seu objeto.
"Vamos convencer o presidente Eduardo Cunha de que é possível a gente fazer um outro Brasil, sem PT e sem Dilma", disse Paulinho, avaliando que o peemedebista tem legitimidade para deferir o pedido apesar das denúncias de contas não declaradas na Suíça.
O vice-líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), destacou que o novo pedido de impeachment traz, como justificativa, "uma novidade": quatro decretos editados pelo governo federal em 2014 e 2015 abrindo créditos suplementares que somam mais de R$ 820 milhões. De acordo com ele, esses decretos foram lançados pelo Planalto sem autorização do Congresso Nacional. "Com essa novidade, Cunha não tem como negar o pedido", disse.