Parlamentares falam em pretexto para golpe institucional Foto: Senado/Divulgação
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"Uma coisa é julgar as contas, ou melhor, fazer uma recomendação, porque quem vota as contas é o Congresso. Mas, fazer um ato político passa dos limites das atribuições do TCU e essa Casa tem que reagir a isso", reclamou Gleisi.
"Estão fazendo um cavalo de batalha, uma estupidez! É uma sessão pública. Eu vou lá com ou sem convite", disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), fez um novo apelo para que o relator do voto recomendando a rejeição das contas, o ministro Augusto Nardes, se considerasse impedido e renunciasse à relatoria. O líder petista disse que parece haver a intenção de se produzir “um espetáculo” em uma sessão trivial de julgamento de contas do governo.
Nessa suposta ação com objetivo claro de criar condições para um processo de impeachment contra a presidente Dilma, disse Humberto Costa, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria determinado que a TV Câmara faça transmissão ao vivo da sessão do TCU amanhã a partir das 17h.
"Só há um objetivo inconfessável, que é de criar um pretexto para o golpe. Aqueles que falam ser representantes da oposição querem chegar ao poder pelo golpe do atalho constitucional", discursou o líder Humberto Costa.
Em defesa do TCU, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), discursou comunicando que líderes e presidentes de partidos da oposição tinham se reunido mais cedo com o presidente do TCU para fazer um desagravo à tentativa do governo de intimidação ao órgão. O tucano disse que o ex-ministro José Jorge também sofreu intimidação do governo quando analisava a polêmica compra da refinaria de Pasadena no TCU.
"Quando se vê acossado, prestes a perder a partida, o governo tenta mudar o juiz do jogo. Em desespero o governo parte para o tudo ou nada. E a escalada de más notícias não ficam só no julgamento do TCU. O TSE hoje determinou prosseguimento das investigações para ver se o petrolão abasteceu as contas de campanha da presidente Dilma, na Ação de Impugnação de Mandato impetrada pelo PSDB. Ou salva-se a República ou seremos condenados a virar uma republiqueta", discursou Cássio Cunha Lima.