"Acho engraçado que ficam achando conspiração em tudo. Se eu aceitar (o pedido de instauração) é porque estou viabilizando e, se rejeitar, também estou viabilizando", criticou Cunha Foto: Agência Brasil
"Não tenho qualquer outro papel que não seja esse. Os que falam gostariam que eu mantivesse (a representação pela abertura do impeachment) na gaveta, e isso não ocorrerá. A minha obrigação é despachar", escreveu.
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"Acho engraçado que ficam achando conspiração em tudo. Se eu aceitar (o pedido de instauração) é porque estou viabilizando e, se rejeitar, também estou viabilizando", criticou.
VETOS - Pela mesma rede social, o deputado peemedebista negou estar articulando para esvaziar a sessão do Congresso marcada para a próxima terça-feira de manhã, em que está prevista a apreciação dos vetos presidenciais, como mostrou outra reportagem da Folha deste domingo.
Dilma vetou, entre outros tópicos da reforma política, o que permite a empresas privadas doarem a campanhas políticas.
Cunha, defensor das doações por pessoas jurídicas, argumentou que, agora, é indiferente a data em que o Congresso irá apreciar esse veto.
"O prazo para se alterar a lei eleitoral para valer nas próximas eleições se esgotou na sexta, dia 2. Agora, tanto faz. Votar os vetos da reforma política na semana que vem ou daqui a 30 dias nada muda", afirmou.
O parlamentar fluminense comentou ainda o mais recente capítulo do imbróglio: ao serem informados de que o veto ao financiamento por empresas não estaria na pauta, os deputados boicotaram a sessão do Congresso em que seriam discutidas outras canetadas presidenciais.
"Na semana passada, a decisão dos líderes da Câmara foi de não ter a sessão (do Congresso), em função de se querer apreciar os dois vetos da reforma política - o veto ao financiamento e o veto ao voto impresso", sustentou Cunha, adiantando que se dispõe a apreciar os vetos na terça-feira.
O presidente da Câmara também aproveitou para, mais uma vez, criticar o Senado e, indiretamente, o presidente da Casa vizinha, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"E nunca é demais lembrar que a chamada pauta bomba (projetos que geram aumento de despesas para o governo) do reajuste do Judiciário não foi criada pela Câmara e, sim, pelo Senado, que votou unânime", disparou.