Geraldo Alckmin criticou o atual cenário econômico do país, mencionou as denúncias de corrupção na Petrobras e argumentou que o PT "não gosta de pobre" Foto: Edson Lopes Jr/A2AD
"Governar é escolher, e ficou claro que o PT não gosta dos pobres, do social. Gosta do poder, a qualquer preço. Esta é a realidade", afirmou ele, num discurso de cerca de treze minutos.
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Alckmin atacou não apenas a presidente Dilma, como a gestão de seu antecessor.
"O Lula, por exemplo, quer pôr seus próprios erros nos ombros do povo. Isso tudo pra salvar sua cabeça. Mas olha, Lula, o povo brasileiro não é bobo", disse, seguido de palmas. "Criaram a doença e agora estão querendo matar o doente", emendou.
Sem mencionar a possibilidade de impeachment ou de novas eleições, Alckmin defendeu uma reforma política no país, com redução de partidos e da "promiscuidade" entre empresas e legendas. "O PT chegou tarde à economia de mercado e depois decidiu chantageá-la", afirmou, defendendo maior transparência nas estatais.
PARTIDOS DE OPOSIÇÃO - No palco, tucanos se revezavam com discursos pela saída de Dilma do comando do Executivo, mas de forma legal. "Não estamos aqui para defender golpe. Porque golpe foi o que eles praticaram contra o povo brasileiro", disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).
O líder na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP) destacou a necessidade de a legenda manter-se unida, "até afastarmos legalmente esse governo que tanto mal fez e faz ao nosso país". Lideranças de partidos de oposição se aliaram ao discurso dos tucanos.
"Pela via democrática, pelo obedecimento às leis, vamos ocupar o espaço que compete à oposição. Antecipar eleições que precisam acontecer para fazer a vontade do povo do Brasil", disse o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).