O ex tesoureiro do PT disse estar dividindo a cela com outra pessoa. Foto: Agência Brasil
"Ele vinha respondendo [às acusações] em liberdade e não praticou nenhuma conduta inconveniente nesse período. Pelo contrário, sempre colaborou e esteve à disposição da Justiça", disse o advogado Elias Mattar Assad, que visitou Vaccari na manhã desta quinta (16). Segundo o defensor, apesar disso, o ex-tesoureiro, suspeito de ser um dos operadores do desvio de verbas na Petrobras, está "calmo e tranquilo". Vaccari disse estar dividindo a cela com outra pessoa (não detalhou com quem) e pediu roupas e itens de higiene pessoal, como escova de dentes.
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Segundo o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, Vaccari pretende demonstrar, por meio de documentos e declarações do Imposto de Renda, que seu patrimônio e de sua família é compatível com suas atividades -esse foi um dos motivos que fundamentaram a prisão. "Essa prisão não tem fundamentos jurídicos, e é injusta", afirmou D'Urso. "Antes que seja demonstrada a origem dos recursos, fundamenta-se a prisão. Tudo tem origem lícita, foi declarado e isso vai ser demonstrado."
Vaccari nega envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras, e diz que não foi beneficiário de recursos ilegais.
Segundo a ordem de prisão preventiva, cinco delatores apontaram o ex-tesoureiro como operador do esquema de corrupção na Petrobras. Disseram que ele ordenava que se fizessem doações legais ao PT e depósitos a uma gráfica ligada a sindicatos a título de pagamento de propina. O advogado nega. "Isso não é verdade. Ele nunca pediu esse tipo de doação, não tem nada a ver com a gráfica", afirmou D'Urso. "Palavra de delator não é prova."
Marice, cunhada de Vaccari, ainda está foragidaFoto: Reprodução/Tv Globo
A cunhada de Vaccari, Marice Corrêa de Lima, que tem um mandado de prisão temporária contra si desde quarta (15), ainda não foi encontrada pela polícia e é considerada foragida.