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Faça login ou cadastre-seAs calopsitas, aves de origem australiana que caíram no gosto do brasileiro, podem trazer problemas de saúde para os humanos.
A principal delas é a clamidiose, também chamada de psitacose. A doença é causada por bactérias da espécie Chlamydophila Psittaci e podem levar o animal à morte e o humanos a desenvolver até pneumonia.
No animal, o principal sintoma da infecção pela bactéria é a conjuntivite. Já nos humanos, embora não haja um sinal de alerta, a doença causa, principalmente, disfunções respiratórias.
De acordo com o veterinário Jean Carlos Ramos, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a transmissão da clamidiose é direta, ou seja, de uma ave infectada para outra saudável.
Em geral, no animal a contaminação ocorre por meio da aspiração de poeira e penas secas contaminadas por dejetos de aves doentes.
Já a transmissão da doença entre os humanos acontece através das vias respiratórias, e a bactéria pode permanecer incubada no corpo do humano infectado por até quatro semanas.
"O ideal é que, ao adquirir uma calopsita, o dono leve imediatamente o animal para um veterinário realizar uma consulta clínica", ressaltou o veterinário que é especialista em animais silvestres, zoonoses e saúde pública.
"Se algo for identificado serão solicitados exames. Se esta recomendação foi seguida, dificilmente o animal ficará doente e passará a bactéria para o humano", afirmou.
Ainda de acordo com professor Jean Carlos Ramos, o dono da ave deve se policiar para levar o animal ao veterinário pelo menos duas vezes ao ano para consulta de rotina.
"Muitas pessoas esquecem que a ave também tem que ser avaliada, de preferência por um especialista em animais silvestres. Não é só o cachorro ou o gato", pontuou o médico.
Ele alertou ainda que além da clamidiose, o animal pode causar outros males comuns a todas as aves (como periquitos e papagaios) e, por isso, seria necessário evitar uma relação muito íntima com o bichinho.
"Tem pessoas que beijam as aves e abraçam. Essa relação muito próxima pode causar problemas de saúde porque elas podem causar desde alergias como doenças mais graves", comentou o veterinário.
Dona das calopsitas Pablo e Jorgete, a funcionária pública Cynthia Mendes, 34 anos, revelou que tem alergia aos animais, mas prefere tomar remédio e continuar com as aves do que não tê-las por perto.
"Sempre tive gato e desde que o último morreu, há dois anos, eu ganhei a primeira calopsita de uma amiga. Pensei que não ia me adaptar, mas hoje sou apaixonada por elas. Eua até tinha alergia ao gato antes e agora também tenho às calopsitas, mas tomo remédio e passa", disse Cynthia.
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Ela contou também que nunca levou suas calopsitas ao veterinário, mas fica atenta aos sinais de fisiológicos (secreções e fezes, por exemplo) e comportamentais que os animais apresentam.
"Admito que a única vez que uma delas ficou doentinha, liguei para uma amiga que já cria calopsita há muito tempo, segui as orientações dela e deu certo", confessou a funcionária pública.
Para evitar contaminação por clamidiose ou qualquer outra doença, Cynthia dá banho nas aves com um borrifador de água uma vez por semana e varre as penas que elas soltam. Além disso, ela mantém o ambiente das aves sempre limpo.
"Elas passam o dia soltas em casa. Só prendo na gaiola quando vou sair. O resto do tempo elas voam em casa, até porque não corto as asas delas", relatou.
Além dos cuidados com a higiene do animal e do espaço de convivência, é necessário impedir que aves urbanas, como os pombos e pardais, fiquem por perto das calopsitas, pois elas podem ser portadoras do agente causador da clamidiose ou de outros males.