A dieta conta com peixes, oleaginosas, como nozes e castanhas, azeite, vinho, leite e derivados Foto: Reprodução / Internet
Durante a avaliação, que durou seis anos, as mulheres foram divididas em três grupos: o primeiro fez a dieta mediterrânea suplementada com azeite de oliva extravirgem, o segundo fez a dieta mediterrânea suplementada com oleaginosas e o terceiro recebeu uma dieta com recomendação para reduzir o consumo de gorduras.
A pesquisa, intitulada Predimed (Prevención com Dieta Mediterránea), foi publicada no mês passado na revista científica da área médica Jama.
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Stefani explica que o azeite foi o ingrediente de destaque dentro da pesquisa. "O estudo mostrou que a dieta exclusiva não trouxe um impacto tão grande quanto o da associada ao azeite de oliva. Ele é o protetor das mutações, ajuda na correção e na prevenção primária de tumores e tem efeito antioxidante."
Segundo o oncologista, a partir da pesquisa, é possível que especialistas passem a recomendar o tipo de dieta para prevenir novos casos. "A dieta mediterrânea é preventiva, mas não tem efeitos quando a doença já está instalada", destaca.
COMPOSIÇÃO - Peixes, oleaginosas, como nozes e castanhas, azeite, vinho, leite e derivados estão entre os ingredientes que fazem parte da dieta mediterrânea. "É uma dieta mais natural, com ingredientes frescos e com pouco consumo de carne vermelha e de carboidratos", diz a nutricionista da clínica MAE Roseli Ueno.
Roseli diz que, para ter o efeito desejado, a dieta deve ser incluída no dia a dia das mulheres e que o segredo para manter o cardápio é organizar as compras com antecedência. Apesar dos benefícios, ela alerta que a dieta deve ser adotada após a consulta com um profissional. "É uma boa dieta, mas tem de se encaixar com o perfil calórico da pessoa."