Dengue

Ministro da Saúde diz que não haverá vacina de dengue no curto prazo

Maria Luiza Veiga
Maria Luiza Veiga
Publicado em 11/05/2015 às 15:07
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Instituto Butantan de São Paulo deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Ainda deve haver a fase 3; só depois os testes em pessoas  / Foto: Wikipedia

Instituto Butantan de São Paulo deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Ainda deve haver a fase 3; só depois os testes em pessoas Foto: Wikipedia

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, abriu a segunda edição do Fórum a Saúde do Brasil, em São Paulo, com um balanço do programa Mais Médicos, um dos pilares de sua atuação à frente do ministério.

Chioro também falou sobre a epidemia de dengue que atinge algumas regiões do país, salientando que não haverá uma vacina eficaz no curto prazo, e que nada substitui a prevenção. "A dengue é uma doença sazonal, e precisamos fazer a lição de casa cotidianamente". Segundo o ministro, o Instituto Butantan de São Paulo deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Só depois deve ser iniciada a fase 3, quando a vacina será testada em 13 mil voluntários. Apenas depois disso deverá entrar em produção.

Segundo o ministro, o programa Mais Médicos hoje concentra 14.462 profissionais em exercício em 3.785 municípios brasileiros, além de 34 distritos indígenas. "75% dos médicos atuam em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano, como o semi-árido nordestino, regiões ribeirinhas da Amazônia e na periferia das grandes cidades."

O programa, que ficou conhecido pela importação de médicos cubanos, tem nesses profissionais a maior parte da força de trabalho. São 11.429 médicos cubanos, 1.846 médicos brasileiros formados no país e outros 1.187 médicos brasileiros com formações no exterior. Segundo Chioro, a meta até 2016 é ter 18.247 médicos atendendo em todo o país. 

Outra estratégia do programa, conforme ele, é o aumento do número de vagas no curso de medicina. Segundo o ministro, serão 4.680 novas vagas criadas em instituições públicas e privadas, e 39 cidades receberam autorizações para a criação de novos cursos de graduação em medicina.

O volume de recursos da união direcionados à área de saúde hoje é da ordem de R$ 5,6 bilhões, segundo o ministro, sem contar os investimentos de Estados e municípios. "Os recursos do Ministério da Saúde expressam a prioridade dada ao setor. Além disso, as três esferas do poder público aumentaram os repasse de recursos para a saúde, mas é inegável que a situação é de subfinanciamento", afirmou Chioro, ao ressaltar que a questão deve ser discutida no âmbito do Congresso Nacional.

O fórum da saúde está sendo realizado em São Paulo até esta terça (12) e reuniu 280 pessoas no Museu da Imagem e do Som.

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