Especialistas explicam que o tipo de HIV detectado em Cuba tem o vírus recombinado de três outros subtipos de HIV Foto: AFP
Os especialistas explicam que, em uma infecção "normal", o vírus tem que se agarrar às proteínas nas membranas das células do corpo humano. Em uma infecção comum, o vírus usa o ponto CXCR5 e, depois de muitos anos do portador estando em pleno estado de saúde, se muda para o CXCR4, que acelera a propagação da Aids no organismo.
Nos pacientes cubanos esta transição ocorre de forma muito mais rápida e drástica, eliminando a fase em que o paciente ainda tem uma vida saudável. Os cientistas estudaram amostras de sangue de 73 pessoas que haviam sido infectadas recentemente e 52 delas já haviam desenvolvido a Aids. Os especialistas ainda explicam que o subtipo de HIV detectado em Cuba tem o vírus recombinado de três outros subtipos de HIV.
ANTI-RETROVIRAIS - Se o tratamento com anti-retrovirais costuma funcionar bem para tratar infecções normais, ele perde a eficiência dependendo do nível de avanço da doença, no caso do subtipo de HIV encontrado em Cuba.
No país, até o momento, foram diagnosticados um total de 17.625 casos de HIV desde que a epidemia surigu, na década de 1980, segundo dados da Infomed, site oficial da rede de saúde cubana. A epidemia em Cuba ataca majoritariamente a população masculina - 80% de todos os infectados são homens. O Estado oferece atenção e tratamento gratuito a todos os infectados.