Paciente está no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, esperando exames Foto: TV Jornal
Parecida com a dengue, a chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Seus sintomas também são semelhantes, com dores mais fortes nas articulações, que inflamam.
A febre chikungunya pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos. Entretanto os indivíduos com comorbidades (doenças subjacentes, como diabetes, hipertensão) são mais vulneráveis ao vírus e, consequentemente, podem sofrer mais com a evolução da doença, que pode matar. Como a transmissão acontece a partir do mesmo mosquito responsável pela dengue, em 2% dos casos foi registrado que o paciente foi infectado pelas duas doenças.
Homem foi levado para o RecifeFoto: Divulgação
O caso que assustou a população caruaruense deu-se, segundo o médico, por uma confusão com o nome do país: "Existe a Guiné Equatorial, que foi a que ele disse que veio, a Guiné-Bissau e a Guiné, que é onde tem a epidemia de ebola. Mas o paciente não esteve nos países infectados nem teve contato com ninguém que esteve lá".
Ainda de acordo com Demetrius Montenegro, o sangue do homem não chegou a ser coletado para exame de ebola. "O protocolo do ebola não foi iniciado porque precisa ter o mínimo de indicativo. Ele é muito bem traçado; então, se nem da área de epidemia [o paciente] veio, não precisa pensar nisso", explicou.
G.V.S. deu entrada ontem na UPA do Vassoural, em CaruaruFoto: Divulgação/SES
PROCEDIMENTOS - De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, quando é detectato um caso suspeito de ebola, um protocolo de avaliação é feito e duas amostras de sangue, coletadas. Um dos materiais é enviado em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Laboratório do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA) – único credenciado no País para fazer o teste do ebola. O outro material colhido é utilizado e para exames do tipo sanguíneo e de malária (doenças de sintomas parecidos com o ebola).
Caso seja confirmada o ebola, o paciente é transportado de avião para o Hospital da Friocruz, no Rio de Janeiro, que ficará responsável em tratar todos os pacientes do País. O mesmo procedimento padrão foi realizado nos outros dois casos suspeitos de ebola (também negados) do Brasil, detectados no Paraná, no início de outubro.