EDUCAÇÃO

Escolas devem ser parceiras dos pais na introdução de alimentação saudável

JC 360
JC 360
Publicado em 26/09/2018 às 8:30
Leitura:

Crianças do período integral do colégio GGE têm almoços planejados por nutricionistas / Foto: Colégio GGE/ Divulgação

Crianças do período integral do colégio GGE têm almoços planejados por nutricionistas Foto: Colégio GGE/ Divulgação

Introduzir e estimular a alimentação saudável e variada desde cedo na rotina das crianças é importante para que elas cresçam fortes e saudáveis. Para se ter uma ideia dos reflexos positivos que a alimentação equilibrada pode desempenhar no desenvolvimento infantil, o Manual de Alimentação da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que, desde a primeira refeição, todos os componentes alimentares estejam presentes.

Já o Ministério da Saúde, em seu Guia Alimentar, indica o consumo de alimentos em estado natural, evitando os ultraprocessados, a exemplo de biscoitos, macarrão instantâneo e refrigrantes. Estes alimentos, muitas vezes os preferidos das crianças, contêm até 20 ingredientes artificiais, resultando em produtos com alto índice de sódio, açúcares e gordura. São os vilões de doenças como hipertensão e diabetes.

E, se antes essa responsabilidade de despertar o paladar da garotada pelos alimentos com mais nutrientes era tarefa exclusiva da família, hoje, cada vez mais, as escolas são parceiras de pais e responsáveis nessa missão. No Recife, um dos colégios que investem na nutrição dos alunos é o GGE. A instituição oferece a possibilidade de que os alunos da educação infantil tenham contato com frutas, legumes, verduras e demais alimentos saudáveis desde os primeiros anos de vida, aprendendo como parte da rotina escolar os benefícios daquilo que ingerem.

Introdução alimentar

“Não queremos forçar a criança a comer algo que ela não queira, mas sim ensiná-las a como se alimentar melhor e entender, por exemplo, sobre as frutas e seus nutrientes. Trabalhamos através do incentivo”, explica a nutricionista da educação infantil, Nancy Pernambuco.

A alimentação oferecida aos alunos é planejada pela equipe de nutrição, as cuidadoras recebem treinamentos sobre introdução alimentar e como interagir com as crianças na hora dos lanches e das refeições principais. O lanche coletivo conta com suco da fruta, o um prato principal – que inclui desde coxinha de massa de batata-doce a pastel de massa da macaxeira - e uma fruta.

Os alunos que estudam em período integral também contam com um almoço equilibrado. Opções variadas de saladas, carnes, arroz integral, feijões e macarrão são oferecidas. As cuidadoras servem a comida enquanto falam sobre os alimentos, sugerindo, por exemplo, vegetais que a criança ainda não experimentou.

Às quartas e quintas-feiras, os pequenos participam de aulas de educação nutricional, nas quais os temas são trabalhados de maneira lúdica, através de brincadeiras, para que eles conheçam detalhes sobre cada alimento.

“Sempre damos foco especial às comidas regionais. Conversamos também sobre folclore, levo um mapa do Brasil e mostro onde ficam os locais onde predominam determinados alimentos. Elas aprendem também a não desperdiçar comida”, detalha Nancy. Depois da aula, todos degustam o alimento que foi apresentado. “Os pais ficam muito mais tranquilos quando sabem que contamos com nutricionista na escola”, encerra.

 

Mais lidas