Trump classificou nesta terça-feira (21) de "horríveis e dolorosas" as crescentes ameaças contra a comunidade judaica nos Estados Unidos. Foto: AFP
O presidente americano, Donald Trump, classificou nesta terça-feira (21) de "horríveis e dolorosas" as crescentes ameaças contra a comunidade judaica nos Estados Unidos, em declarações feitas durante uma visita ao Museu Nacional Afro-americano.
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A visita ao museu - afirmou o presidente - "nos recorda por que temos de lutar contra o ódio e a intolerância em todas as suas formas. As ameaças antissemitas contra nossa comunidade judaica e centros comunitários são horríveis e dolorosas".
Na segunda-feira (20), ao menos dez centros ligados à comunidade judaica tiveram de ser esvaziados em diversos pontos do país diante das ameaças de bomba.
Durante o fim de semana, ao menos 100 lápides de um cemitério judeu em Saint Louis, no Missouri, foram vandalizados, denunciou o diretor dessa entidade.
Trump disse então que os episódios constituem "uma triste recordação de todo o trabalho que ainda temos pela frente para nos livrarmos do ódio, dos preconceitos e da maldade".
Nesta terça, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, declarou que o governo não apoia, nem tolera esses episódios.
Trump - afirmou Spicer - "disse energicamente que não aceitamos este tipo de comportamento (...) e que devemos nos unir, e não odiar as pessoas por seu gênero, religião, ou cor da pele".
Enquanto isso, o Centro Anne Frank emitiu uma nota pelo Twitter, na qual destacou que "o antissemitismo que sai de seu governo é o pior do que vimos em qualquer outro".
Para o presidente dessa instituição, Steven Goldstein, "o súbito reconhecimento do presidente é um curativo no câncer do antissemitismo, que já infectou sua própria administração".
A declaração de Trump - acrescentou - é "um gesto patético de condescendência, depois de semanas em que ele e sua equipe cometeram atos grotescos e omissões que refletem antissemitismo".