Donald Trump

Trump recebe plano de paz para a Ucrânia, segundo NY Times

Arlene Carvalho
Arlene Carvalho
Publicado em 20/02/2017 às 10:11
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Segundo o Times, um deputado ucraniano enxerga na presidência de Trump, uma oportunidade para defender um plano de paz para a Ucrânia. / Foto: NICHOLAS KAMM / AFP

Segundo o Times, um deputado ucraniano enxerga na presidência de Trump, uma oportunidade para defender um plano de paz para a Ucrânia. Foto: NICHOLAS KAMM / AFP

O advogado pessoal do presidente Donald Trump entregou a ele um plano de paz para a Ucrânia elaborado por uma equipe não diplomática que indignou as autoridades ucranianas, informou no sábado (18) o New York Times. Segundo o jornal, o plano foi enviado ao presidente por seu advogado Michael Cohen, que é um de seus homens de confiança e trabalha para ele desde 2007. 

O Times indicou que o deputado ucraniano Andrii Artemenko estaria envolvido na elaboração do documento e encara na presidência de Trump "uma oportunidade para defender um plano de paz para a Ucrânia". Quando questionado por escrito pelo Times, o embaixador da Ucrânia em Washington, Valeriy Chaly, rejeitou a iniciativa. "É uma violação grosseira da Constituição" ucraniana, afirmou. "Tais ideias só podem ser lançadas ou apoiadas por pessoas que representam aberta ou secretamente os interesses russos", estimou. 

Conflito

Há 3 anos, a Ucrânia atravessa um conflito interno que já deixou cerca de 10.000 mortos entre as forças governamentais e os separatistas pró-russos que, de acordo com Kiev, são apoiados militarmente pela Rússia, embora Moscou rejeite a acusação. Artemenko "afirmou ter provas de corrupção cometida pelo presidente ucraniano Petro Porochenko" que "poderiam ajudar a retirá-lo do poder", acrescentou. O deputado ucraniano "declarou ter recebido para seus projetos o apoio de colaboradores próximos de (Vladimir) Putin", presidente da Rússia, acrescentou o jornal.

Dias atrás, o The New York Times relatou que membros da equipe de Trump estavam em contato com autoridades russas durante a campanha presidencial. No entanto, Trump e a Casa Branca negaram as alegações do jornal. A inteligência americana informou que a Rússia interferiu na campanha eleitoral dos Estados Unidos e que, em grande medida, apoiou o candidato republicano, que venceu. Segundo as informações divulgadas pelo jornal, Cohen é casado com uma ucraniana, vive na Trump Tower em Manhattan e é assessor especial do chefe de Estado desde 2007.

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