Diálogo

Papa disposto a se reunir com governo e oposição da Venezuela

Ingrid
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Publicado em 14/02/2017 às 18:39
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O papa Francisco está aberto a se reunir com delegados do governo da Venezuela e da oposição para buscar soluções para a crise política do país. / Foto: Andreas Solaro / AFP

O papa Francisco está aberto a se reunir com delegados do governo da Venezuela e da oposição para buscar soluções para a crise política do país. Foto: Andreas Solaro / AFP

O papa Francisco está aberto a se reunir com delegados do governo da Venezuela e da oposição para buscar soluções para a crise política do país, disse nesta terça-feira (14) o representante do Vaticano em Caracas, Aldo Giordano.

"Da parte do Vaticano há a disponibilidade. Claro que mesmo que digamos que estamos prontos, os protagonistas do diálogo são os venezuelanos (...). Se acharem que é útil, o Papa expressou sua disponibilidade", declarou Giordano a jornalistas após se reunir com deputados oficialistas no Parlamento de maioria opositora. Governo e oposição mencionaram nos dias anteriores a possibilidade de um encontro com o Papa no Vaticano.

Maduro assegurou em 5 de fevereiro que realizava "gestos" para concretizar a reunião, enquanto o presidente do Legislativo, Julio Borges, manifestava na última sexta-feira se tratar de um convite do pontífice às partes.

"Não há um convite formal do Vaticano, há uma expressão, através da Nunciatura, de sua disponibilidade", esclareceu Giordano.

O diálogo instalado em 30 de outubro com o acompanhamento do Vaticano e da União das Nações Sul-americanas (Unasul) está congelado desde o dia 6 de dezembro.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) suspendeu as negociações ao acusar o governo de não cumprir com o acordo.

"Há um debate" em busca de "pontos em comum", indicou Giordano sobre a resposta das partes a uma iniciativa dos patrocinadores para reativar as conversas.

Como condição para retomar o diálogo, a oposição exige a realização de eleições regionais - que devem acontecer em dezembro -, a libertação de "presos políticos" e o respeito à autonomia da Assembleia, declarada em desacato pela Justiça.

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