Miss Universo Gay

Concurso de beleza dá visibilidade a travestis na Colômbia

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 07/02/2017 às 18:33
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Miss Universo Gay serviu para dar visibilidade à comunidade LGBT em Medellín, no último fim de semana / Foto: AFP

Miss Universo Gay serviu para dar visibilidade à comunidade LGBT em Medellín, no último fim de semana Foto: AFP

  Um concurso de beleza, denominado Miss Universo Gay e que foi realizado no fim de semana em Medellín, serviu para dar visibilidade à comunidade travesti nesta cidade colombiana.

Vinte participantes, a maioria colombianos e cada um exibindo uma faixa com o nome do país de sua escolha, desfilaram para 300 espectadores em um colorido ato em uma boate do centro da cidade, um evento concebido para desmistificar a comunidade travesti.

Os participantes, que sempre foram identificados com nomes de mulheres, se apresentaram primeiro na sexta-feira com fantasias, decoradas com algum elemento típico do país que escolheram representar. Já no sábado, as participantes desfilaram com trajes de banho e de gala.

Reconhecimento das pessoas gays

O organizador do concurso, Mario León Giraldo, explicou à AFP que o objetivo do concurso é que "as pessoas gays sejam conhecidas pela comunidade hétero e não que os apontem como travestis ou gente vulgar".

"Um transformista agora já é médico, é cirurgião, é piloto, é dentista", acrescentou Giraldo, também diretor de Corporação Gente Diversa da Antióquia, uma ONG que busca reivindicar direitos da comunidade LGBTI com este tipo de evento.

O vencedor, identificado como María Solima de Albaniz, mas cujo nome de batismo é Eider Córdoba, vestia a faixa da Somália, tem 18 anos e nasceu no departamento (estado) de Chocó (noroeste), o mais pobre da Colômbia.

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