Estados Unidos

No Twitter, Trump volta a criticar o Irã após país ter sido colocado "sob aviso"

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 02/02/2017 às 9:02
Leitura:

Presidente Donald Trump usou seu Twitter para falar sobre o Irã / Foto: AFP

Presidente Donald Trump usou seu Twitter para falar sobre o Irã Foto: AFP

Após a Casa Branca colocar nessa quarta-feira (1º) o Irã "sob aviso" de que os EUA vão agir contra o país a menos que este pare de testar mísseis balísticos e apoiar os rebeldes conhecidos como houthis no Iêmen, o presidente americano, Donald Trump, criticou o Irã em seu Twitter. 

"O Irã está rapidamente tomando mais e mais [regiões] do Iraque mesmo depois que os Estados Unidos desperdiçaram três trilhões de dólares lá. Óbvio, muito tempo atras!", disse Trump. 

Michael Flynn, assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, denunciou o comportamento do Irã em suas primeiras observações públicas desde que Trump assumiu o cargo.

Ele acusou o Irã de ameaçar aliados dos EUA e espalhar a instabilidade em todo o Oriente Médio, criticando a administração do ex-presidente americano Barack Obama por ter feito muito pouco para parar a República Islâmica.

"Estamos oficialmente colocando o Irã em aviso prévio", disse Flynn na Casa Branca.

O que exatamente significa estar "sob aviso", Flynn não explicou No entanto, autoridades do governo Trump disseram que estavam considerando ativamente uma "gama de opções", incluindo medidas e um maior apoio aos adversários regionais do Irã. As autoridades, que falaram sob a condição de anonimato, recusaram-se repetidamente a dizer se uma ação militar estava sendo considerada.

A advertência foi uma manifestação inicial da promessa de Trump de uma abordagem mais dura contra o Irã. No entanto, autoridades do governo enfatizaram que as alegações não estavam relacionadas com as obrigações do Irã sob o acordo nuclear que o ex-presidente Barack Obama e os líderes mundiais negociaram. 

Embora Flynn e Trump tenham criticado esse acordo, as autoridades se recusaram a dizer se Trump planeja seguir sua promessa da campanha de renegociá-lo.

A Casa Branca também criticou o Irã por apoiar os rebeldes houthis no Iêmen, que na terça-feira reivindicaram um míssil bem-sucedido contra um navio de guerra. A coalizão liderada pela Arábia Saudita está lutando para reinstalar o governo. O braço da mídia dos rebeldes xiitas disse que o navio pertence à Marinha da Arábia Saudita.

A Casa Branca disse que o objetivo de colocar o Irã "sob aviso" é para que Teerã repense seu comportamento. Flynn disse que o Irã especificamente violou a proibição da Organização das Nações Unidas (ONU) de "atividade relacionada a mísseis balísticos capazes de entregar armas nucleares, incluindo lançamentos utilizando tecnologia de mísseis balísticos".

O ministro da Defesa do Irã, Hossein Dehghan, confirmou hoje que o Irã realizou um teste de mísseis, mas não disse quando o teste foi realizado e nem especificou o tipo de míssil. Ele insistiu que não foi uma violação das resoluções da ONU. Fonte: Associated Press

 

Mais lidas