A Líbia está devastada pela guerra entre diferentes facções desde a queda, em 2011, de Muamar Kadhafi. Foto: AFP.
O chefe do Governo de União Nacional (GNA) líbio, Fayez al-Sarraj, anunciou oficialmente a libertação da cidade de Sirte, antigo reduto do grupo Estado Islâmico (EI) no país, advertindo, no entanto, que a guerra contra o terrorismo na Líbia não acabou.
"Após oito meses desde o começo das operações contra o EI na cidade de Sirte, anuncio oficialmente o fim das operações militares e a libertação da cidade", declarou Sarraj em um pronunciamento na TV, quase duas semanas depois de anunciar a reconquista daquela cidade por forças leais ao GNA.
Sarraj escolheu a data coincidindo com o primeiro aniversário da assinatura do acordo líbio mediado pela ONU do qual resultou o governo que dirige.
Guerra
O GNA, instalado em Trípoli desde o fim de março, espera sair reforçado da batalha de Sirte, no momento em que continua lutando para estabelecer sua autoridade no país, devastado pela guerra entre diferentes facções desde a queda, em 2011, de Muamar Kadhafi.
Sarraj continua vendo sua legitimidade ser contestada pelo líder militar das autoridades paralelas baseadas no leste do país, marechal Khalifa Haftar.
Em seu discurso, no entanto, o chefe do governo de união elogiou as forças leais a Haftar, que, há dois anos, combatem os grupos jihadistas no leste da Síria.
"A batalha de Sirte terminou, mas a guerra contra o terrorismo ainda não", alertou, destacando a necessidade de unir as forças militares em um só exército para combater os jihadistas.
Aproveitando-se da situação caótica na Líbia, onde milícias rivais disputam o poder, o EI conquistou Sirte em junho de 2015.