Círculo de Fogo

À espera do grande tsunami, Japão se prepara para sobreviver às ondas

Ingrid
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Publicado em 22/11/2016 às 14:59
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Após o desastre do tsunami que atingiu a cidade de Fukushima em 2011, o Japão corre para erguer torres, rotas de evacuação, abrigos e muros de contenção. / Foto: Toru Yamanaka / AFP

Após o desastre do tsunami que atingiu a cidade de Fukushima em 2011, o Japão corre para erguer torres, rotas de evacuação, abrigos e muros de contenção. Foto: Toru Yamanaka / AFP

O Japão é um dos países mais sensíveis a abalos sísmicos no mundo por ficar em uma região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico. Por esse motivo, o pais já tem em mente que pode ser atingido por um grande tsunami de mais de 30 metros de altura nas próximas décadas.

Após o desastre de ondas gigantes que atingiu a cidade de Fukushima em 2011, o país corre para erguer torres, rotas de evacuação, abrigos e muros de contenção. Na prefeitura da cidade de Kochi, localizada no sudeste do país, já está construída uma das 90 torres de evacuação concluídas nos arredores.

A construção tem aproximadamente 20 metros e funciona no cerco de uma cápsula flutuante. A torre está projetada para suportar até 362 pessoas em dois andares e esse número inclui os moradores e as crianças que vivem na área. No topo está um sino para avisar a população quando houver um alerta. Ao lado da edificação também existe um armazém com cobertores, fraldas, água, comida e leite em pó para os bebês.

Com o objetivo de manter o local estável, debaixo da torre existem fundamentos de 14,5 metros, mas há outras construções em que eles podem chegar a 39 metros de profundidade.

Depois do terremoto de 2011 o governo japonês recalculou as estimativas e divulgou uma previsão dos danos que poderiam acontecer em caso de um grande tremor na fossa de Nankai, no leste do país. O lugar é e um dos pontos com maior atividade sísmica do mundo e de acordo com o estudo, as chances de haver um terremoto entre 8 e 9 na escala Richter, originado de Nankai nos próximos 30 anos, é de 70%.

A estimativa é de que mais de 2 milhões de imóveis seriam destruídos e os mortos poderiam passar da casa dos 300 mil, além  das perdas econômicas que poderiam representar mais que o dobro do orçamento anual do país.

No caso da província de Kochi, o governo investe mais de 44 trilhões de ienes, o equivalente a 377 milhões de euros, na construção de medidas para se preparar e conscientizar as pessoas sobre os terremotos e tsunamis.

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