Trump já alcançou o mínimo para ser eleito e Hillary Clinton não consegue mais reverter o resultado Foto: AFP
O republicano conquistou ao menos 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos pela Associated Press às 5h35 (horário de Brasília). Hillary obteve 218 votos nessa contagem e, apesar de aparecer com pequena vantagem nas pesquisas de intenção de voto, perdeu Estados importantes, como a Flórida, Ohio e a Carolina do Norte.
Hillary telefonou para Trump na madrugada para reconhecer o resultado.
A democrata Hillary Clinton e o republicano Trump disputaram uma eleição dramática na madrugada desta quarta-feira, com o republicano liderando após vencer em estados-chave, provocando pânico nos mercados financeiros do planeta. A maré começou a virar a favor de Trump após as vitórias nos estados-chave de Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Iowa.
A democrata Hillary, 69 anos, e o republicano Trump, 70, protagonizaram uma disputada e agressiva campanha de quase dois anos, marcada por ofensas e ataques pessoais.
Depois de 693 dias - 23 meses - de drama, insultos, escândalos e mais escândalos, a campanha deixou uma população exausta: 82% dos americanos se declararam irritados em uma pesquisa recente.
Os dois candidatos não poderiam ser mais diferentes: de um lado Hillary Clinton, figura política há 25 anos, odiada por metade dos americanos, que duvida de sua honestidade. Esposa do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), foi primeira-dama, senadora e depois secretária de Estado de Obama.
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Menos querido ainda, Donald Trump, bilionário e ex-estrela de televisão, nunca foi eleito, mas soube interpretar como ninguém - e contra todos os prognósticos - os temores de uma classe média branca frustrada em um mundo em transformação.
Anti-imigrante e sexista, impulsivo e corrosivo, denunciado por várias mulheres que disseram ter sido abusadas por ele, marcou para sempre um estilo de fazer campanha política. A cúpula do partido Republicano praticamente lhe deu as costas.