Jerusalém

Túmulo de Jesus Cristo é aberto após quase 500 anos

Ingrid
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Publicado em 28/10/2016 às 14:52
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A restauração da Edícula da Basílica do Santo Sepulcro será feita em parceria com uma equipe da Sociedade National Geographic e tem por objetivo reconstituir a história da transformação do espaço como local sagrado. / Foto: Thomas Coex / AFP

A restauração da Edícula da Basílica do Santo Sepulcro será feita em parceria com uma equipe da Sociedade National Geographic e tem por objetivo reconstituir a história da transformação do espaço como local sagrado. Foto: Thomas Coex / AFP

A Edícula da Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, onde Jesus Cristo foi sepultado após a crucificação de acordo com o cristianismo, está sendo restaurada e analisada por um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas. A restauração da Edícula será feita em parceria com uma equipe da Sociedade National Geographic e tem por objetivo reconstituir a história da transformação do espaço como local sagrado.

O lugar estava fechado desde 1555 d.C. e foi aberto pelos pesquisadores no início da semana. O local é coberto por placas de mármore e é onde, segundo o Novo Testamento, Jesus foi enterrado num sepulcro cavado na rocha o qual teria pertencido a José de Arimateia, homem rico da época.

O Santo Sepulcro foi esculpido nas paredes laterais de uma caverna de calcário, provavelmente no ano de 33 d.C.. Após a retirada das placas de mármores que protegiam o lugar, os estudiosos ficaram surpresos com o estado físico do espaço, aparentemente intocado.

Para poder ter acesso ao local, os cientistas tiveram que solicitar as seis instituições religiosas que comandam o sítio arqueológico: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Armênia, os Ortodoxos Etíopes e as comunidades coptas egípcia e síria. As instituições esperam que a equipe de pesquisadores atenienses restaure o lugar depois que os estudos forem finalizados em março de 2017.

 

Edícula do Santo Sepulcro

A Edícula (que vem do latim, aedicule, significa "casa pequena") é considerada um dos locais mais sagrados para o cristianismo e foi identificada por Helena, mãe do imperador romano Constantino, em 326 d.C.. A construção da Basílica do Santo Sepulcro só pôde acontecer após o Édito de Milão, em 313 d.C., que decretou o fim das perseguições aos cristãos pelos romanos.

A estrutura foi reconstruída pela última vez no início do século XIX, após um incêndio e vai ser restaurada sob a surpevisão da professora Antônia Moropoulou. A pesquisadora também estudou outros monumentos importantes da Grécia e da zona do mar Mediterrâneo.

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