Os migrantes, em sua maioria sudaneses, afegãos e eritreus - incluindo mulheres e crianças - eram retirados em ônibus. Foto: Chistophe Archabault / AFP
Os migrantes, em sua maioria sudaneses, afegãos e eritreus - incluindo mulheres e crianças - eram retirados em ônibus.
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"Há muitas famílias com crianças, mais que de costume. É claro que vamos nos encarregar delas", declarou à AFP a ministra francesa de Habitação, Emmanuelle Cosse, presente durante a operação. Os migrantes serão levados em meia centena de ônibus a centros de acolhida na região parisiense.
Ibrahim, um sudanês que vivia há um mês neste acampamento, disse à AFP que queria entrar em um dos ônibus para "ir para qualquer lugar, mas não aqui. Dormir na rua é difícil. Choveu, estou cansado, quero descansar", contou.
No dia 22 de julho, cerca de 2.500 migrantes foram retirados de um acampamento localizado no norte da capital, no que representou a operação de maior envergadura deste tipo realizada até agora na capital francesa.
Para oferecer uma alternativa a estes migrantes, a prefeitura de Paris prepara um primeiro centro de acolhida no norte da capital que abrirá suas portas em meados de outubro.
O centro, exclusivamente para homens e com uma capacidade para 600 pessoas, será um lugar de passagem, onde os migrantes poderão se beneficiar de atendimento médico, ajuda psicológica e conselhos jurídicos antes de ser orientados a outras estruturas.
Outro centro para mulheres e crianças, de 350 lugares, abrirá as portas no fim do ano na periferia sul de Paris.