Política

Coreia do Norte deseja reconhecimento de Washington como Estado nuclear "legítimo"

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 11/09/2016 às 9:31
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Sung Kim, representante especial para a Coreia do Norte no Departamento de Estado americano, falou sobre o assunto neste domingo / Foto: KAZUHIRO NOGI / AFP

Sung Kim, representante especial para a Coreia do Norte no Departamento de Estado americano, falou sobre o assunto neste domingo Foto: KAZUHIRO NOGI / AFP

A Coreia do Norte exigiu neste domingo que o governo dos Estados Unidos reconheça o país como um "Estado com armas nucleares legítimo", depois que o regime comunista realizou na sexta-feira seu quinto teste nuclear.

"(O presidente Barack) Obama está tentando negar a posição estratégica da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) de Estado com armas nucleares legítimo, mas é um ato tão insensato como tentar ofuscar o sol com a palma da mão", afirmou um porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela agência oficial de notícias KNCA.

O porta-voz defendeu em um comunicado o teste de sexta-feira, condenado em todo o mundo, como necessário para enfrentar o que considera a ameaça nuclear americana e afirmou que Pyongyang continuar aumentando sua força nuclear "em qualidade e quantidade".

Neste domingo, Sung Kim, representante especial para a Coreia do Norte no Departamento de Estado americano, afirmou que Estados Unidos e Japão desejam obter da comunidade internacional a medida mais forte possível contra a Coreia do Norte.

O diplomata americano também deu a entender que Washington poderia adotar novas sanções unilaterais em resposta ao "comportamento provocador e inaceitável dos norte-coreanos".

"Trabalhamos muito estreitamente com o Conselho de Segurança para obter a medida mais forte possível depois da última ação da Coreia do Norte", declarou em Tóquio, depois de uma reunião com o diplomata japonês responsável pelo tema norte-coreano, Kenji Kanasugi.

"Além da sanções do Conselho de Segurança, Estados Unidos e Japão, assim como a Coreia do Sul, examinarão medidas unilaterais", completou, sem revelar detalhes.

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