Não foi provada a existência de uma cumplicidade oficial da Arábia Saudita nos ataques da Al-Qaeda e o país nunca havia sido acusado formalmente. Foto: Stan Honda / AFP
Quinze dos 19 autores dos ataques eram sauditas. O projeto de lei, rejeitado por Riad, deve ser ainda sancionado pelo presidente Barack Obama, que já expressou sua oposição a tal medida, que contradiz o princípio de imunidade que protege os Estados de processos civis ou criminais.
"Essa iniciativa mudaria uma lei internacional de longa data sobre a imunidade soberana e o presidente dos Estados Unidos mantém a preocupação de que essa proposta faça os Estados Unidos mais vulneráveis diante de outros sistemas judiciais no mundo", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em maio passado, após o Senado aprovar o projeto por unanimidade.
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Não foi provada a existência de uma cumplicidade oficial da Arábia Saudita nos ataques da Al-Qaeda e o país nunca havia sido acusado formalmente.
Em fevereiro passado, Zacarias Mussaui, apelidado de "20º sequestrador", disse aos advogados americanos que membros da família real saudita doaram milhões de dólares para a Al-Qaeda nos anos 1990.
A embaixada saudita negou as acusações de Moussaoui, mas suas acusações reavivaram o debate sobre se o governo de Obama deve tornar pública uma seção de 28 páginas do Informe da Comissão 11/9.
Os documentos foram publicados em meados de julho e mostram que mesmo que os Estados Unidos tenham investigado as ligações entre o governo da Arábia Saudita e os ataques de 11/9, houve muitas suspeitas, mas nenhuma prova.