Bomba

Atentado deixa onze mortos e 45 feridos no sudeste da Turquia

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 26/08/2016 às 8:08
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Atentado destruiu o quartel-general das forças antidistúrbios da Turquia / Foto: STR / DOGAN NEWS AGENCY / AFP

Atentado destruiu o quartel-general das forças antidistúrbios da Turquia Foto: STR / DOGAN NEWS AGENCY / AFP

Ao menos onze policiais morreram e outras 45 pessoas ficaram feridas em um atentado com carro-bomba contra uma sede policial em Cizre, sudeste da Turquia, informou a agência pró-governamental Anatolia, que o atribuiu aos rebeldes curdos.

O atentado destruiu o quartel-general das forças antidistúrbios, onde era possível observar uma longa coluna de fumaça, segundo as imagens divulgadas pela televisão.

Dois dos feridos estão em estado grave, indicou a fonte.

A Anatolia atribuiu a autoria do atentado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em guerra com o poder central.

O carro-bomba explodiu a 50 metros do edifício, em um posto de segurança, segundo a agência de notícias.

Doze ambulâncias e dois helicópteros foram enviados ao local para socorrer os feridos, informou o ministério da Saúde citado pela televisão turca.

O atentado foi registrado dois dias depois da entrada de tropas turcas no norte da Turquia no âmbito da operação "Escudo de Eufrates" contra o Estado Islâmico (EI) e as milícias curdas da Síria.

As forças de segurança turca frequentemente são alvos dos ataques do PKK.

Desde julho de 2015, quando acabou o cessar-fogo entre o governo e o PKK instaurado em 2013, os atentados curdos deixaram dezenas de mortos entre as fileiras policiais e militares.

O PKK intensificou os ataques nas últimas semanas depois do golpe de Estado frustrado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan de 15 de julho passado.

Promessa de represálias

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, prometeu represálias contra os autores "vis" do atentado com carro-bomba atribuído aos rebeldes curdos.

"Daremos a resposta que estes (criminosos) vis merecem", declarou Yildirim em uma coletiva de imprensa.

"Nenhuma organização pode tomar a Turquia como refém", acrescentou.

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