Bélgica

Homem 'caça radiação' e provoca alerta terrorista em Bruxelas

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 20/07/2016 às 16:01
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Homem foi parado pela polícia local, que chamou o reforço das forças especiais de intervenção, enquanto a área foi isolada / Foto: AFP

Homem foi parado pela polícia local, que chamou o reforço das forças especiais de intervenção, enquanto a área foi isolada Foto: AFP

O "suspeito" que desencadeou nesta quarta-feira (20) a mobilização das forças de segurança no centro de Bruxelas durante cinco horas era, finalmente, um jovem que "estudava as ondas e radiação" na capital belga - informou a Polícia.

No início da tarde, um guarda de segurança relatou ter visto uma "pessoa com um casaco longo e fios" no bairro Opera Royal de La Monnaie, no coração da capital belga, segundo a polícia.

O homem foi parado pela polícia local, que chamou o reforço das forças especiais de intervenção, enquanto a área foi isolada.

Em uma imagem divulgada pelo jornal La Dernière Heure, o jovem aparece ajoelhado na calçada, com as mãos na cabeça. Outras fotos publicadas em sites de jornais locais mostram agentes das forças especiais se aproximando cautelosamente.

Depois, "um robô enviado ao local constatou elementos bastante preocupantes", que provocaram o temor "de explosivos", disse à imprensa um porta-voz da Polícia de Bruxelas, Christian De Coninck.

Além disso, o jovem tinha um comportamento "muito passivo, muito suspeito" em relação à Polícia, disse o porta-voz.

Finalmente, descobriu-se se tratar "apenas de um estudante que fazia pesquisa sobre as ondas e radiações de Bruxelas", cujo equipamento, "que era muito suspeito, era totalmente inofensivo", acrescentou.

A Justiça "deve indiciá-lo apenas para recuperar os gastos com a operação", revelou De Coninck.

Se for considerado culpado de alguma infração, a multa será alta para o estudante, já que, durante cinco horas, foram muitos os agentes locais e federais mobilizados.

Bruxelas permanece em alerta máximo desde o ataque de extremistas contra o aeroporto e o metrô da cidade em 22 de março, quando 32 pessoas morreram.

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