Dentro do caminhão havia uma granada inativa e réplicas de armas longas, além da identidade de um franco-tunisiano de 31 anos, residente em Nice Foto: VALERY HACHE / AFP
Segue o que se sabe até agora a respeito do ataque.
Como aconteceu o atentado
Um caminhão branco de grande porte atropelou a multidão por volta das 23h locais (18h de Brasília) dessa quinta-feira (14), quando centenas de pessoas se reuniam no Passeio dos Ingleses, avenida beira-mar de Nice, para assistir à
queima de fogos por ocasião da festa nacional.
O presidente do Conselho da região, Christian Estrosi, informou que
84 pessoas morreram quando o caminhão avançou sobre a multidão por cerca de dois quilômetros.
O porta-voz do ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, negou informes de que pessoas teriam sido feitas reféns.
O agressor foi morto após realizar vários disparos com uma pistola em direção à polícia.
Dentro do caminhão havia uma granada inativa e réplicas de armas longas, além da identidade de um franco-tunisiano, de 31 anos, residente em Nice.
Ataque extremistas
O presidente francês, François Hollande, disse que o "caráter terrorista" do ataque "não pode ser negado".
A autoria do ataque não foi até agora assumida por nenhum grupo, mas as investigações serão conduzidas por uma seção antiterrorista.
"As investigações estão em andamento para estabelecer se um indivíduo agiu sozinho ou se ele teve cúmplices que podem ter fugido", explicou Brandet.
O ataque ocorre com a França sob estado de emergência, após os atentados de 13 de novembro, em Paris, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que deixaram 130 mortos.
Algo parecido aconteceu na França antes.
Em dezembro de 2014, dois homens lançaram seus veículos na direção de pedestres em dois dias - foram incidentes em separado que abalaram a França.
O primeiro motorista gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande) enquanto dirigia o carro atropelando as pessoas na cidade de Dijon, leste do país. Treze pessoas ficaram feridas.
Um dia depois, um homem lançou uma van branca na direção de um mercado natalino na cidade de Nantes (oeste), matando uma pessoa e ferindo outras nove. Em seguida, ele se auto-infligiu vários ferimentos a faca.
Investigadores informaram que um laptop foi encontrado em seu veículo, no qual ele mencionou seu "ódio pela sociedade" e disse que temia "ser morto por agentes secretos".
O homem cometeu suicídio em sua cela na prisão este ano, enquanto aguardava julgamento.