Terrorismo

Caminhonete atropela multidão na França e autoridades suspeitam de atentado

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 14/07/2016 às 18:54
Leitura:
Um caminhão atropelou várias pessoas na França. As autoridades suspeitam de atentado terrorista / Foto: Reprodução/ Twitter

Um caminhão atropelou várias pessoas na França. As autoridades suspeitam de atentado terrorista Foto: Reprodução/ Twitter

Um caminhão atropelou e matou pelo menos 84 pessoas nesta quinta-feira (14) na cidade de Nice, sudeste da França, durante a festa nacional da Queda da Bastilha, informaram as autoridades, que qualificaram o incidente de atentado.

Segundo o procurador de Nice, Jean-Michel Prêtre, o caminhão circulou por dois quilômetros no meio da multidão, reunida para ver os fogos de artifício pelas comemorações da Queda da Bastilha, feriado nacional da França.

Mais cedo, o sub-prefeito do Departamento Alpes Marítimos, Sebastien Humbert, havia afirmado que "houve uma troca de tiros e o motorista do caminhão foi morto".

O ataque aconteceu no Passeio dos Ingleses, a avenida costeira da cidade turística da Riviera Francesa no Mediterrâneo, cheia de gente no início do período de férias de verão.

"Havia gente machucada e destroços por todos os lados em meio aos gritos", declarou o jornalista da AFP. Era um caos", completou.

VEJA GALERIA DE FOTOS:

Reprodução/ Twitter
- Reprodução/ Twitter
Reprodução/ Twitter
- Reprodução/ Twitter
Reprodução/ Twitter
- Reprodução/ Twitter
Reprodução/ Twitter
- Reprodução/ Twitter
Reprodução/ Twitter
- Reprodução/ Twitter
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP
AFP
- AFP


Pouco antes da meia-noite no horário local (21h30 GMT, 18H30 horário de Brasília) forças militares e grupos especiais da polícia isolaram a área, informou outro repórter da AFP, que confirmou a chegada de uma grande quantidade de ambulâncias e veículos de socorro.

Em Paris foi informado que a justiça anti-terrorista foi encarregada da investigação do caso.

Também foi anunciado que o presidente, François Hollande, que se encontrava na cidade de Aviñon, retornava à capital para chefiar a cédula de crise.

"O presidente está reunido com (o primeiro-ministro) Manuel Valls e (o ministro do Interior) Bernard Cazeneuve. Ele voltou a Paris e se dirigirá diretamente à célula de crise", montada no ministério do Interior, explicou a fonte.

VEJA MOMENTO QUE CAMINHÃO ATROPELA AS VÍTIMAS:


"UM EVENTO DE EXTREMA GRAVIDADE" - O que ocorreu em Nice, cidade ocurrido en Niza, cidade vizinha a Mônaco e perto da fronteira com a Itália, "é um evento de extrema gravidade", disse à AFP o porta-voz do ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet.

Quando o caminhão branco se jogou em extrema velocidade contra a multidão houve um movimento de pânico, segundo um jornalista da AFP que se encontrava no local.

"O motorista de um caminhão parece ter provocado dezenas de mortos. Por enquanto, permaneçam em suas casas", pediu em sua conta do Twitter o prefeito Christian Estrosi.

Esse ataque acontece em um contexto de alto risco de atentados segundo as autoridades francesas, país que intervém militarmente na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Este é o segundo ataque mais violento cometido na Europa nos últimos anos, superado apenas pelos múltiplos atentados em Paris de novembro de 2015, com saldo de 130 mortos.

A França já havia sido atingida pela violência nos atentados de 7,8 e 9 de janeiro de 2015, contra a revista satírica Charlie Hebdo e contra um supermercado kósher, em um total de 17 mortos.

MUNDO OBSERVA A RIVIERA - O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, foi informado nesta noite sobre a situação Niza. "O presidente foi informado (...) e sua equipe de segurança nacional acompanha a evolução da situação", declarou Ned Price, porta-voz do Executivo.

Em Londres a primeira ministra Theresa May, também soube do "terrível incidente" em Nice, informou um porta-voz. "Nossos pensamentos estão com os atingidos por esse terrível incidente", acrescentou.

VEJA VÍDEO DE MOMENTOS APÓS A TRAGÉDIA:


Mais lidas