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Maduro anuncia que Citibank encerrará conta do BC venezuelano

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 12/07/2016 às 8:06
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O presidente da venezuela revelou que o Citibank encerrará em um mês a conta utilizada pelo Banco Central da Venezuela para seus pagamentos internacionais / Foto: AFP

O presidente da venezuela revelou que o Citibank encerrará em um mês a conta utilizada pelo Banco Central da Venezuela para seus pagamentos internacionais Foto: AFP

O presidente Nicolás Maduro revelou nessa segunda-feira (11) que o Citibank encerrará em um mês a conta utilizada pelo Banco Central da Venezuela (BCV) para seus pagamentos internacionais, o que atribuiu a um boicote financeiro.

"O Citibank, sem aviso, disse que em 30 dias vai encerrar a conta do Banco Central e do Banco da Venezuela. Isto se chama boicote financeiro", declarou Maduro em rede nacional de TV.

Segundo Maduro, através desta conta a Venezuela paga "em 24 horas todos os débitos (...) nos Estados Unidos e no mundo".

Maduro denunciou que por trás deste complô está o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

O líder venezuelano lembrou que ao caso do Citibank se soma à paralisação das operações da fábrica do grupo americano Kimberly-Clark na Venezuela, que suspendeu a produção de papel higiênico, fraldas e outros elementos alegando deterioração das condições econômicas.

O governo venezuelano ordenou nessa segunda-feira (11) a ocupação da fábrica da Kimberly-Clark, que foi "entregue aos trabalhadores pelo governo revolucionário".

A lei venezuelana autoriza a ocupação de fábrica no caso de "fechamento ilegal ou fraudulento" de uma empresa ou de lockout.

De acordo com a Fedecámaras - principal associação empresarial venezuelana - mais de 85% da indústria estava paralisada em maio passado por falta de matéria-prima.

"Vocês acreditam que conseguirão nos deter ativando um boicote financeiro? Não, senhores, a Venezuela não será detida por ninguém. Com ou sem Citibank vamos seguir adiante. Com ou sem Kimberly a Venezuela vai".

"O triste é que todos estes ataques são produto de um apelo da direita para a intervenção na Venezuela", declarou Maduro, apontando para a oposição, que promove um referendo revogatório do mandato do presidente.

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