Os manifestantes foram as ruas de Teerã para protestar contra Israel e em apoio aos palestinos. Foto: Atta Kenare / AFP
"Graças a Deus, a capacidade de destruir o regime sionista existe mais do que nunca. Só no Líbano, há 100.000 mísseis prontos para serem disparados", afirmou em um discurso particularmente virulento o general Hossein Salami, número dois da Guarda Revolucionária, exército de elite do regime islâmico, aos manifestantes que participaram nas orações de sexta-feira.
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A retórica anti-israelense remonta à Revolução Islâmica de 1979 no Irã, que não reconhece a existência de Israel e apoia os movimentos armados palestinos.
Durante todo o dia, instaurado pelo aiatolá Khomeini ao triunfar a revolução, são queimadas, como todos os anos, bandeiras israelenses e americanas, e entoadas palavras de ordem contra a Grã-Bretanha, Arábia Saudita e grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI).
O Irã ainda considera os Estados Unidos, grande aliado de Israel, como seu principal inimigo, apesar de uma reaproximação tímida em favor do programa nuclear iraniano.
Por outro lado, o Irã, xiita, e a Arábia Saudita, sunita, são os dois maiores rivais no Oriente Médio e acusam-se mutuamente de alimentar os conflitos regionais, principalmente na Síria e Iêmen, onde ambos os países apoiam forças opostas.