Crise

Itália recupera barco que afundou com centenas de corpos de migrantes

Ingrid
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Publicado em 30/06/2016 às 13:24
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Graças a imagens da marinha militar italiana, observa-se que o barco ainda mantém a cor azul do casco, dentro do qual estavam centenas de pessoas, entre 700 e 800 migrantes, em sua maioria africanos. / Foto: Marina Militare / AFP

Graças a imagens da marinha militar italiana, observa-se que o barco ainda mantém a cor azul do casco, dentro do qual estavam centenas de pessoas, entre 700 e 800 migrantes, em sua maioria africanos. Foto: Marina Militare / AFP

A marinha italiana foi capaz de recuperar, após uma complexa operação que durou vários meses, a embarcação que afundou no ano passado perto da Sicília (sul), com cerca de 700 migrantes, considerada uma das piores tragédias registradas no Mediterrâneo.

O barco com centenas de cadáveres estava a 370 metros de profundidade e chegou nesta quinta-feira ao porto siciliano de Augusta, exatamente no mesmo dia em que dez mulheres morreram afogadas em um naufrágio ao largo da costa da Líbia.

Uma parte da embarcação recuperada foi colocada em um grande salão arrefecido da base da Otan em Melilli, perto de Augusta. Lá, peritos retiravam os corpos, a fim de identificar as vítimas para, em seguida, dar-lhes um enterro decente.

Graças a imagens da marinha militar italiana, observa-se que o barco ainda mantém a cor azul do casco, dentro do qual estavam centenas de pessoas, entre 700 e 800 migrantes, em sua maioria africanos.

Os bombeiros italianos, em trajes de proteção e máscaras, começaram a difícil tarefa de extrair os corpos do interior da embarcação, como uma resposta a uma das tragédias que gerou enorme indignação em toda a Europa.

Na madrugada de 19 de abril de 2015, o pesqueiro sobrecarregado afundou em poucos minutos depois de bater em um cargueiro português que tentava resgatá-lo. Apenas 28 pessoas sobreviveram a tragédia, uma vez que a maioria dos passageiros estavam trancados no porão do barco.

As autoridades italianas autorizaram e financiaram a operação de resgate com a ideia de criar uma rede europeia para identificar as vítimas que perdem a vida no Mediterrâneo.

Tratou-se de uma operação sem precedentes, uma vez que as embarcações naufragadas costumam permanecer ancoradas no fundo do mar.

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