Foto: AFP
Quem é o atirador?
O atirador foi identificado como Omar Seddique Mateen, um cidadão americano de origem afegã, de 29 anos, que vivia a 200km a sudeste de Orlando, na cidade de Port Saint Lucie. A rede CBS News informou que Mateen não tem antecedentes criminais, mas autoridades estão buscando possíveis "inclinações" com o extremismo islâmico. Mateen morreu em uma troca de tiros com agentes na boate. Os oficiais recuperaram do suspeito um revólver, uma metralhadora AR-15 e um número desconhecido de munições. Ele tinha permissão para porte de armas.
Vínculos com o EI?
- Atirador de Orlando expressou lealdade ao EI antes do massacre
- Massacre em Orlando teria sido cometido por 'combatente do EI'
- Obama e pré-candidatos expressam indignação com massacre em Orlando
- 'Eu tenho razão', diz Trump sobre islamismo radical após massacre
Segundo fontes policiais citadas pela CNN e pela NBC, o atirador fez uma chamada para o 911 pouco antes do massacre, na qual manifestou, exatamente, sua lealdade ao Estado Islâmico. De acordo com o agente Hopper, Mateen chamou a atenção dos investigadores duas vezes, em 2013 e em 2014, sobre seus supostos laços com extremistas islâmicos. Agora, "estamos olhando todas as conexões, tanto locais quanto internacionais", acrescentou Hopper, referindo-se à inclinação de Mateen pelo extremismo islâmico.
Qual era o alvo do atirador?
A boate Pulse, local do massacre de Orlando, é uma das casas noturnas mais emblemáticas da causa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Flórida e nos Estados Unidos. O estabelecimento foi fundado em 2004, após um drama familiar: a morte, em 1991, do irmão da cofundadora e coproprietária do local, vítima da aids. A Pulse faz parte de uma rede comunitária dinâmica na Flórida para "despertar as consciências" sobre a homossexualidade nos Estados Unidos e no mundo.
Qual foi o motivo do atirador?
O FBI abriu uma investigação por "ato de terrorismo". Os policiais buscam determinar o que levou o homem a entrar na boate com uma metralhadora e um revólver na noite do Orgulho Gay nos Estados Unidos. O FBI informou sobre "simpatias por essa ideologia particular", referindo-se ao movimento islamita. O pai do suspeito, Mir Seddique, declarou, porém, que "isso não tem nada a ver com religião". Seddique explicou à rede NBC que seu filho se irritou, há algum tempo, quando viu dois homens se beijarem na frente de seu filho e de sua mulher, em Miami. O ataque ao clube Pulse coincide com o mês do Orgulho Gay nos Estados Unidos, com desfiles e eventos em todo o país, incluindo Orlando, na semana passada.