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Presidente colombiano acredita que o fim da guerra com as Farc está próximo

Pedro Alves
Pedro Alves
Publicado em 13/05/2016 às 11:08
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Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, espera que o conflito com as Farc acabe "muito em breve" / Foto: Acervo

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, espera que o conflito com as Farc acabe "muito em breve" Foto: Acervo

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, espera que o conflito com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) acabe "muito em breve", depois de a guerrilha e o governo darem um "passo muito importante" no dia anterior.

Falando a repórteres em Londres, antes de retornar a Bogotá após uma visita de três dias, Santos comentou sobre o acordo alcançado em Havana para proteger legalmente o que foi negociado e assegurar seu cumprimento de acordo com o direito nacional e internacional.

"Esperamos que muito em breve seja resolvido o ponto que tem a ver com o cessar-fogo definitivo entre as Farc e o governo. Esse cessar-fogo é seguido pelo processo de depor as armas e que significaria o fim da guerra", afirmou Santos, reticente durante todo o processo de paz em estabelecer prazos.

Isso significaria "o fim do conflito armado", acrescentou, "o fim das Farc como um grupo armado, o que é uma notícia muito importante, espero que isso aconteça muito em breve".

Além disso, Santos estimou que o acordo de quinta-feira significa que "as Farc reconheceram pela primeira vez nossa Constituição, nossas leis e os poderes que emanam de nossa Constituição" .

"É um aspecto muito importante, porque as Farc ignoravam a Constituição, ignoravam os poderes do Estado, e o que faz neste momento é o oposto, é reconhecer a Constituição, o Congresso da República".

O acordo de quinta-feira elimina um dos últimos obstáculos no processo que está prestes a ser concluído em Havana, depois de três anos e meio de discussões complexas.

Nesse período, as Farc e o governo chegaram a acordos sobre quatro dos seis pontos em negociação: problema agrário (origem do conflito), cultivos ilegais e tráfico de drogas, reparações às vítimas do conflito e a transformação do movimento de guerrilha em partido político.

Restam dois pontos finais: o cessar-fogo bilateral e definitivo, que inclui o desarmamento dos rebeldes, e o mecanismo para referendar o acordo.

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