Em plena crise migratória, cai teto de museu europeu de Schengen

O teto do museu europeu da pequena cidade de Schengen, em Luxemburgo, local simbólico da integração europeia, desabou repentinamente, como um sinal, diriam alguns, da grave crise que atravessa a União Europeia.

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Foi no momento do fechamento, na terça-feira (11), pouco depois das 15h de Brasília, que um terço do teto do museu veio abaixo sem deixar feridos, ainda que no interior estivessem dois visitantes e um funcionário.

"É um sinal de que é preciso fazer obras", assegurou à AFP Ben Homan, prefeito de Schengen, cujo nome está há 30 anos associado à livre circulação de bens, serviços e pessoas, uma das conquistas mais concretas da UE.

E se ele se negou a ver um "símbolo" da grave crise migratória que divide a Europa na atualidade, Homan advertiu à União Europeia de "fazer todo o necessário para preservar esse espaço".

Foi em Schengen que cinco Estados-membros da UE (Alemanha, França, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo) "assinaram no dia 14 de junho de 1985 no barco 'Princesa Marie-Astrid' um acordo que previa a supressão do controle de pessoas nas fronteiras internas", recorda o museu em sua página na web.

O acordo, adotado hoje por 22 países da UE, assim como Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, entrou em vigor em 1995.

Porém, diante do fluxo massivo de refugiados, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Suécia e Noruega restabeleceram no ano passado o controle em suas fronteiras.

Roger Weber, presidente da associação que gerencia o museu, espera "poder voltar a abrir em 15 dias".

O museu traça a evolução das fronteiras da Europa desde 1915 até a atualidade com mapas interativos e propõe aos visitante fabricar, em uma máquina, um passaporte, entre outras atividades.