O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que os bombardeios foram lançados pela Força Aérea do governo Bashar al-Assad. Foto: Ameer Alhabi / AFP
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que os bombardeios foram lançados pela Força Aérea do governo Bashar al-Assad. De acordo com a ONG, o balanço seria de 19 mortos.
Segundo um correspondente da AFP, os ataques aéreos atingiram bairros do leste de Aleppo, como Bustan al-Qasr. Neste local, sete civis morreram, e outros dez ficaram feridos. Os socorristas relataram que quatro pessoas morreram, e oito ficaram feridas em Al-Mashad.
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A província de Aleppo está fragmentada em zonas controladas pelo Exército, pelos insurgentes, pelos extremistas e pelos curdos. Há uma semana é palco de uma espiral de violência com confrontos entre quase todos beligerantes dessa guerra que já deixou mais de 270.000 mortos desde 2011. Milhares de civis abandonaram suas casas, fugiram dos combates.
Nesta sexta-feira, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, alertou que a trégua está "em grande perigo" e pediu uma reunião ministerial "urgente" do grupo de países de apoio liderado por Estados Unidos e Rússia.
"Certamente, precisamos de uma nova reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, na sigla em inglês) em nível ministerial", afirmou De Mistura, reforçando que deve ser convocada "urgentemente", diante da fragilidade da trégua no terreno.
Em entrevista coletiva, o enviado da ONU anunciou que as negociações de paz em Genebra continuarão até a próxima quarta-feira. Staffan de Mistura advertiu também que, "embora o cessar-fogo ainda esteja em vigor, estará em grande perigo, se não reagirmos rapidamente".