O governo de Macri, presidente argentino, observa a crise e apoia "institucionalmente' o que acontece no Brasil. Foto: AFP
A chanceler Susana Malcorra negou que a Argentina tenha dado um apoio "frio" à presidente Dilma Rousseff nesses dias em que a crise no país vizinho foi acirrada, como consideraram as forças políticas opositoras a Macri. "Não, não há (um apoio frio), há um apoio institucional, que é o que corresponde", defendeu a chanceler em declarações à rádio Belgrano.
- Lula divulga carta aberta na qual diz que espera justiça
- Prêmio Nobel da Paz, argentino Adolfo Pérez Esquivel envia carta de solidariedade a Dilma e Lula
- Presidente da Venezuela apoia Dilma e Lula contra ‘golpe’ no Brasil
Malcorra também foi perguntada sobre a discussão no Congresso brasileiro para analisar o pedido de impeachment da presidente por corrupção. "Houve muitas discussões pelo impeachment, mas elas não avançaram. Se não avançaram é porque não há elementos suficientes", declarou. "Trabalhamos com nossos colegas da Unasul para fixar uma posição como bloco", adiantou.
A chanceler argentina enfatizou que Buenos Aires está "acompanhando muito de perto a questão". "Estamos acompanhando com preocupação. Nos preocupa que a institucionalidade do Brasil se veja afetada", acrescentou.
O chefe de Gabinete de Macri, Marcos Peña, argumentou na mesma linha. "Olhamos com preocupação o que está acontecendo no Brasil. O Brasil é um parceiro estratégico, olhamos com interesse o que está acontecendo, mas com respeito porque é um processo que eles que tem que definir", afirmou.