Judaismo

Homens e mulheres poderão rezar juntos diante do Muro das Lamentações

Ingrid
Ingrid
Publicado em 01/02/2016 às 19:04
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Atualmente, a esplanada adjacente ao Muro das Lamentações, o "Kotel" - o local mais sagrado do judaísmo -, situado na Cidade Velha de Jerusalém, está separado em dois espaços, um para os homens e outro, menor, para as mulheres. / Foto: Gali Tibbon/AFP

Atualmente, a esplanada adjacente ao Muro das Lamentações, o "Kotel" - o local mais sagrado do judaísmo -, situado na Cidade Velha de Jerusalém, está separado em dois espaços, um para os homens e outro, menor, para as mulheres. Foto: Gali Tibbon/AFP

Homens e mulheres judeus poderão rezar juntos diante do Muro das Lamentações, uma decisão tomada após uma luta de anos liderada por um grupo de mulheres em Israel, que representa um golpe para o monopólio que os ortodoxos mantêm sobre o lugar.

Atualmente, a esplanada adjacente ao Muro das Lamentações, o "Kotel" - o local mais sagrado do judaísmo -, situado na Cidade Velha de Jerusalém, está separado em dois espaços, um para os homens e outro, menor, para as mulheres.

Este lugar é regido pelas leis ultraortodoxas que impõem a separação entre homens e mulheres. Ademais, exigem que elas cubram as cabeças, ombros e pernas ao entrar.

Há anos, os movimentos judeus liberais, conservadores e reformistas pedem por uma solução que permita aos fiéis rezar segundo suas práticas e que seja concedida a igualdade a homens e mulheres nos ritos religiosos. O governo decidiu, no domingo, criar um terceiro espaço, misto, em um parque arqueológico localizado ao sul do Muro das Lamentações, no que seria o prolongamento dos já existentes locais masculino e feminino.

Na realidade, os movimentos judaicos liberais já realizavam orações mistas, mas diante de vestígios do muro menos imponentes do que os que se encontram no norte e em um espaço de difícil acesso. Ao oficializá-lo como terceiro lugar de oração, o governo se comprometeu a tomar as medidas necessárias. Tanto visitantes quanto fiéis chegarão pela mesma entrada na esplanada, o que não acontece atualmente.

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