Pontífice rompe tradição secular ao incluir ‘todos os membros do povo de Deus’ em ritual Foto: AFP
O decreto do Vaticano estabelece que o ritual poderá ser realizado em “homens e mulheres, jovens e idosos, saudáveis e doentes, clérigos, consagrados e leigos”. Além disso, diz que padres devem instruir “fiéis e outras pessoas a participar consciente, ativa e frutiferamente” do ato — o que indica que a lavagem de pés poderia ter a participação de não-católicos.
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Algumas paróquias da Igreja — que tem 1,2 bilhão de fiéis — já incluíam mulheres e meninas no ritual, que acontece a quatro dias da Páscoa. No entanto, a maioria dos países em desenvolvimento ainda segue as regras conservadoras da Santa Sé.
"Esta é uma grande notícia, um maravilhoso passo adiante", disse Erin Hanna, co-diretora da Conferência de Ordenação de Mulheres dos Estados Unidos, que promove o sacerdócio católico feminino. "Isto significa que a mudança é possível e as portas parecem estar se abrindo no Vaticano".
Desde sua eleição em 2013, o papa tem incluído mulheres ao presidir o ritual de lavagem de pés, como já fazia quando era arcebispo de Buenos Aires. O pontífice já lavou os pés de muçulmanos em prisões italianas, o que foi considerado uma ofensa entre os tradicionalistas da Igreja e uma surpresa para os fiéis.