Econômicas

EUA suspendem sanções ao Irã após acordo nuclear

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 16/01/2016 às 18:25
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Os Estados Unidos decidiram suspender as sanções econômicas e financeiras ao Irã, após acordo nuclear / Foto: AFP

Os Estados Unidos decidiram suspender as sanções econômicas e financeiras ao Irã, após acordo nuclear Foto: AFP

Os Estados Unidos anunciaram neste sábado (16) a suspensão das sanções impostas ao Irã - de acordo com declaração do secretário de Estado americano, John Kerry.

"Venho por meio desta confirmar que a Agência Internacional de Energia Atômica verificou que o Irã implementou, completamente, os compromissos exigidos (...) Os compromissos dos Estados Unidos referentes às sanções estão agora em vigor", disse Kerry.

Poucos minutos antes, a AIEA havia aprovado a entrada em vigor do acordo, destacando que Teerã cumpriu sua parte na redução de seu programa nuclear.

O presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, reagiu rapidamente e denunciou o acordo com o Irã.

UNIÃO EUROPEIA - A União Europeia (UE) também decidiu suspender as sanções econômicas e financeiras do bloco ao Irã, logo após o sinal verde dado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para a implementação do acordo nuclear - disse uma fonte europeia à AFP.

O acordo foi firmado em julho passado entre Teerã e as grandes potências.

Adotada pelos 28 Estados-membros, a decisão ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da UE para entrar em vigor.

O acordo garante o caráter civil do programa nuclear iraniano e torna quase impossível a construção de uma bomba atômica. Sua assinatura firmada em julho de 2015 pôs fim a mais de uma década de isolamento diplomático do Irã, cuja economia foi duramente afetada pelas sanções ocidentais.

Concentradas em setores-chave, como defesa, petróleo e finanças, as sanções europeias significaram a adoção de uma lista negra com 92 iranianos e 466 empresas, ou grupos, que tiveram seus bens congelados, além de estarem proibidos de obter visto para entrar no bloco.

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