- Pequim declara pela primeira vez um alerta vermelho por poluição
- Na China, Pequim emite segundo alerta de poluição do ar neste mês
O nível de PM 2,5 (material particulado em suspensão no ar com partículas de fuligem e outros poluentes com tamanho de até 2,5 micra, ou milésimos de milímetro) chegou a 331 partes por milhão neste sábado e a previsão é de que ele atinja 500 ppm nos próximos dias, mais de 20 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sob o alerta vermelho, as fábricas em torno da cidade de 22,5 milhões de habitantes tiveram que reduzir sua produção, as escolas permaneceram fechadas e metade dos veículos foi obrigada a não circular.
Embora o sistema de alerta sobre poluição tenha sido adotado há dois anos, o primeiro alerta vermelho emitido na cidade foi em 7 de dezembro deste ano, o que levou muitos críticos a dizerem que o governo estava ignorando elevações fortes de poluição para evitar os custos econômicos que a redução da atividade na cidade implica. "Acho que o governo está fazendo um trabalho melhor do que antes. Em ocasiões anteriores, o governo não declarou alerta vermelho mesmo quando a nuvem de poluição era muito séria. Agora eles estão divulgando os alertas com antecedência para que estejamos preparados, e os alertas são acompanhados de outras medidas", comentou o morador Ma Yunan.
A poluição em Pequim é atribuída às usinas termelétricas a carvão à poluição industrial e à crescente frota de veículos. A geografia da cidade agrava o problema, porque a cidade é cercada por montanhas em três lados, e o ar frio do inverno exerce pressão para baixo sobre a nuvem de poluição, impedindo que ela se dissipe. O governo da China planeja reduzir as emissões de poluentes das termelétricas a carvão em 50% nos próximos cinco anos e diz que o volume total de emissões de poluentes deverá atingir seu pico em 2030, antes de começar a cair.