Suicidas

França identifica mais 2 suspeitos por ataques de Paris

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 16/11/2015 às 8:29
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Atentados mataram pelo menos 129 pessoas em Paris / Foto: AFP

Atentados mataram pelo menos 129 pessoas em Paris Foto: AFP

A polícia da França realizou batidas em mais de 150 localidades ao longo da noite, enquanto autoridades divulgaram os nomes de mais dois potenciais suicidas envolvidos nos ataques de Paris - um nascido na Síria, o outro um francês procurado como parte da investigação de terrorismo.

As autoridades francesas procuram membros de uma célula adormecida que teria realizado o ataque da sexta-feira, com armas e bombas, que matou pelo menos 129 pessoas. A França, além disso, realizou seus ataques aéreos mais duros na área controlada pelo Estado Islâmico na Síria. "Nós estamos em guerra", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, nesta segunda-feira.

Na noite do domingo, autoridades francesas destruíram um campo de treinamento e descarte de munições na cidade síria de Raqqa, onde autoridades de inteligência disseram que os ataques em Paris foram planejados.

Doze aeronaves, entre elas dez jatos de combate, lançaram um total de 20 bombas, nos maiores ataques aéreos desde que a França ampliou sua campanha de bombardeios contra o grupo extremista na Síria em setembro, afirmou um comunicado do Ministério da Defesa. Os jatos lançaram ataques a partir da Jordânia e do Golfo Pérsico, em coordenação com as forças dos Estados Unidos.

O escritório da promotoria de Paris disse que um suicida que se explodiu na casa de shows Bataclan era Samy Samy Amimour, francês de 28 anos acusado em uma investigação de terrorismo em 2012. Amimour ficou sob supervisão judicial, mas saiu do radar das autoridades em 2013 e tinha contra si um mandado de prisão internacional.

Um dos suicidas que atacaram perto do estádio de futebol foi encontrado com um passaporte sírio, com o nome Ahmad Al Mohammad, de 25 anos, nascido em Idlib, disse o escritório da promotoria. As digitais encontradas coincidem com as de alguém que passou pela Grécia em outubro.

Pela França e em toda a Europa, hoje haveria um minuto de silêncio em memória das vítimas do maior ataque em território francês desde a Segunda Guerra.

A tensão estava em alta na França e na Bélgica, no momento em que a polícia buscava por um importante suspeito, Salah Abdeslam, de 26 anos e nascido em Bruxelas. Abdeslam é considerado muito perigoso e a polícia disse para as pessoas que não intervenham, caso o vejam. A polícia identificou-o como a pessoa que alugou o Volkswagen Polo que levou agressores para o Bataclan.

Três policiais e uma graduada fonte do setor de segurança francês confirmaram que Abdeslam teve sua entrada permitida no país, vindo da Bélgica, após verificarem sua identidade. As fontes pediram anonimato. Em Bagdá, graduadas autoridades iraquianas disseram que avisaram a França e outros países na quinta-feira sobre um ataque iminente. Fontes iraquianas falaram em 24 pessoas envolvidas na operação, 19 responsáveis pelos ataques e cinco outras encarregadas do planejamento e da logística. Esses números, porém, não foram confirmados pela França.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques. 

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