Terror

Presidente da França anuncia 'fechamento de fronteiras' após ataques em Paris

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 13/11/2015 às 20:36
Leitura:

Segundo o primeiro balanço da polícia de Paris, três pessoas foram mortas nas explosões no perímetro do Stade de France / Foto: reprodução/ Twitter

Segundo o primeiro balanço da polícia de Paris, três pessoas foram mortas nas explosões no perímetro do Stade de France Foto: reprodução/ Twitter

Presidente da França anuncia 'fechamento de fronteiras' após ataques em Paris. Além disso, prefeitura declarou estado de emergência e pediu para que população fique em casa.

Vários ataques em Paris no setor do Stade de France, no norte da cidade, deixaram na noite desta sexta-feira (13) ao menos 40 mortos e uma tomada de reféns estava em curso na casa de shows Bataclan, no centro da capital, dez meses depois dos atentados contra o jornal Charlie Hebdo, em janeiro.

LEIA MAIS:
» Tiros e explosões deixam mais de 60 mortos em Paris
» Tiroteios e explosões voltam a amedrontar Paris
» Primeiro-ministro britânico mostra-se chocado com ataques em Paris
» Hollande reúne célula de crise no ministério do Interior após atentados

Segundo o primeiro balanço da polícia de Paris, três pessoas foram mortas nas explosões no perímetro do Stade de France, onde acontecia o amistoso entre França e Alemanha - assistido pelo presidente François Hollande, que foi evacuado.

Os espectadores que assistiam ao amistoso no Stade de France foram convidados a deixar o estádio por três portas (norte, sul e oeste), segundo anúncios de altos-falantes e telões.

Por volta das 19h30 (de Brasília), a polícia fazia um balanço de "ao menos três tiroteios, talvez quatro na região do Bataclan (11º distrito) e na rua Charonne (10º distrito)", bairros movimentados do centro de Paris. Quinze pessoas morreram na casa de shows Bataclan, também no centro de Paris, onde há reféns.

O balanço "deve ser muito maior", segundo uma fonte ligada ao caso.

O presidente francês reuniu na noite desta sexta-feira a célula de crise no Ministério do Interior, ao lado do primeiro-ministro Manuel Valls e do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

O presidente norte-americano Barack Obama foi informado sobre a série de ataques em Paris, informou um alto funcionário da Casa Branca.

"O presidente foi informado sobre a situação em Paris por Lisa Monaco, assistente presidencial para Segurança Interior e Contraterrorismo", disse o funcionário, que pediu anonimato.

O primeiro-ministro britânico David Cameron  também se manifestou e declarou-se "chocado" pelos ataques na noite desta sexta.

"Estou chocado pelos eventos desta noite em Paris", escreveu Cameron em sua conta no Twitter. "Nossos pensamentos e preces estão com o povo francês. Faremos o possível para judar", disse Cameron.

O saldo destes ataques aparentemente "simultâneos" continua provisório, informaram diversas fontes ligadas ao caso. Inúmeras equipes de segurança foram enviadas ao local.

Estes ataques ocorrem dez meses após os atentados jihadistas de janeiro contra o jornal humorístico Charlie Hebdo e um supermercado judaico em Paris, que deixaram 17 mortos, e foram seguidos de diversos outros ataques ou tentativas.

A França está envolvida há mais de dois anos na coalizão anti-governo islâmico no Iraque, mas começou a fazer ataques contra o grupo Estado islâmico na Síria em outubro.

O país anunciou em 5 de novembro que iria enviar ao longo de dezembro no Golfo seu porta-aviões Charles de Gaulle, uma decisão que seguiu o anúncio americano de uma intensificação dos bombardeios aliados na Síria.

Mais lidas