Atentado

Homem-bomba mata ao menos 18 durante enterro xiita em Bagdá

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 13/11/2015 às 10:55
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Sinjar era reduto do Estado Islâmico / Foto: Reprodução/Uol

Sinjar era reduto do Estado Islâmico Foto: Reprodução/Uol

Um suicida matou pelo menos 18 pessoas nesta sexta-feira em um ataque durante o funeral de um combatente xiita em Bagdá, informaram a polícia iraquiana e fontes médicas. Outras 41 pessoas ficaram feridas na cerimônia em homenagem a um membro do grupo Hashid Shaabi, aliado ao governo na luta contra o Estado Islâmico.

Nenhum grupo reivindicou o ataque de imediato. Porém, combatentes do Estado Islâmico, que controlam vastas áreas do país, costumam promover esse tipo de atentado.

Também em Bagdá, uma bomba detonada em um santuário xiita deixou cinco mortos e 15 feridos, de acordo com a polícia.

CURDOS ENTRAM EM SINJAR

No Norte do país, forças curdas peshmerga entraram nesta sexta-feira “por todas as direções” em Sinjar para iniciar a campanha de expulsão de jihadistas do EI, informou o conselho de segurança regional do Curdistão pelo Twitter. Fortes rajadas de tiros foram ouvidas dentro da cidade, à medida que combatentes desciam uma colina em direção à cidade, alguns carregando lança-granadas nos ombros, disse uma testemunha à Reuters.

Os curdos, apoiados por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA, entraram nesta sexta-feira em Sinjar, no segundo dia de sua ofensiva. Durante uma viagem à Tunísia, o secretário de Estado americano disse estar confiante de que a cidade será retomada.

"Confiamos plenamente que Sinjar possa ser libertada nos próximos dias", disse John Kerry.

Sinjar, localizada perto da fronteira com a Síria, é uma localidade estratégica para os jihadistas porque está em uma estrada que lhes permite movimentar homens e equipamentos entre os dois países. A retomada da cidade representa um importante golpe contra os jihadistas, que já estão há mais de um ano no local. Desde então, há relatos que os extremistas cometeram inúmeros abusos contra sua população yazidi, de língua curda.

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