Conflitos

Talibãs se retiram da cidade de Kunduz

Lorena Barros
Lorena Barros
Publicado em 14/10/2015 às 7:59
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A queda de Kunduz em 28 de setembro foi um espetacular e doloroso fracasso para as tropas afegãs formadas pelos ocidentais  / Foto: Nasir Waqif / AFP

A queda de Kunduz em 28 de setembro foi um espetacular e doloroso fracasso para as tropas afegãs formadas pelos ocidentais Foto: Nasir Waqif / AFP

Os talibãs anunciaram nesta quarta-feira (14) que abandonaram a cidade de Kunduz, duas semanas depois da conquista da cidade com uma ofensiva relâmpago, sua maior vitória militar desde 2001.

Os insurgentes controlaram Kunduz, a grande cidade do norte do Afeganistão e a quinta mais populosa do país, durante poucos dias.

O anúncio da retirada de Kunduz aconteceu depois de uma nova ofensiva na segunda-feira dos talibãs contra outra capital provincial, Ghazni, que conseguiu impedir os ataques.

Os talibãs anunciaram em seu site um "recuo tático, para reforçar as linhas de defesa e preservar as forças para futuras operações".

A queda de Kunduz em 28 de setembro foi um espetacular e doloroso fracasso para as tropas afegãs formadas pelos ocidentais em seu primeiro confronto direto com os talibãs desde o fim da missão de combate da Otan, em dezembro de 2014.

A batalha de Kunduz marca, talvez, o início de uma nova estratégia dos talibãs para reforçar suas posições na região norte do país e nas cidades, além de seus redutos rurais do sul.

Na segunda-feira, quase 2.000 combatentes talibãs iniciaram um ataque contra a cidade de Ghazni, capital da região de mesmo nome, o que provocou violentos combates.

Na semana passada, os talibãs cercaram a cidade de Maimana, capital da província de Faryab.

Nos dois casos, os talibãs foram repelidos, mas as ofensivas evidenciaram a capacidade militar dos insurgentes islamitas para atacar os grandes centros urbanos.

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