Segundo declaração conjunta divulgada pela Casa Branca, a China se comprometeu a implementar até 2017 um mercado nacional de cotas de gás carbônico Foto: AFP
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Segundo declaração conjunta divulgada pela Casa Branca, a China se comprometeu a implementar até 2017 um mercado nacional de cotas de gás carbônico e assim impulsionar a redução nas emissões de gas de efeito estufa.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, elogiou o anúncio dos dois dirigentes, "que enviará uma mensagem forte ao resto do mundo".
O ambicioso programa chinês para limitar a emissão de gases de efeito estufa é um passo promissor para o país que mais polui no mundo.
O programa seguirá o princípio conhecido como "cap and trade", baseado em um teto para as emissões e a comercialização de cotas para as empresas.
As medidas anunciadas dão seguimento ao anúncio feito em 2014, em Pequim, no encontro entre Xi e Obama.
Nele, as duas maiores economias e do mundo -e as que mais poluem- se comprometeram a reduzir suas emissões.
O acordo deu fôlego às negociações sobre o clima e renovou a esperança de que um plano ambicioso seja alcançado na conferência de Paris, em dezembro.
Segundo o jornal "The New York Times" e a agência Bloomberg, o programa também incluirá um compromisso financeiro substancial de Pequim para ajudar países pobres a diminuir o consumo de combustíveis fósseis.
As fontes ouvidas pela agência não especificaram o tamanho da ajuda que será anunciada pela China.
No ano passado, Obama prometeu financiamento de US$ 3 bilhões para o Fundo Verde da ONU. A ajuda financeira é considerada crucial para que países em desenvolvimento se afastem dos combustíveis fósseis, baratos e mais poluentes.
Há três anos a China implementa programas-piloto de "cap and trade" em pequena escala.
O sistema é baseado no princípios de estabelecer um teto (cap) para a poluição emitida anualmente, enquanto empresas podem comercializar (trade) permissões para poluir.
A ideia é reduzir as emissões aumentando o seu preço para as indústrias.