Ajuda

Inglês cria campanha de financiamento coletivo para salvar a Grécia

Marcella César de Albuquerque Falcão
Marcella César de Albuquerque Falcão
Publicado em 30/06/2015 às 13:00
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É pouco provável que dê certo, mas nunca se sabe. O inglês Thom Feeney decidiu ajudar a Grécia a pagar sua dívida de € 1,6 bilhão com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que vence nesta terça-feira. Para isso, criou uma campanha no site de financiamento coletivo Indiegogo, com o objetivo de arrecadar o montante em sete dias e pagar o FMI. Até o momento, mais de 7 mil pessoas deram dinheiro à causa, que já arrecadou € 155 mil.

Como é o caso para todos os financiamentos coletivos, quem dá dinheiro recebe presentes em troca. Doando € 3 ganha-se um cartão-postal enviado pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. Por € 6, o financiador leva um queijo tipo feta e uma salada de azeitona, comidas típicas da Grécia. A partir de € 10, a recompensa é uma garrafa de uzo, bebida grega feita com base de anis. Quem quiser um vinho legitimamente grego precisa desembolsar € 25. Quem estiver se sentindo especialmente generoso pode doar a soma de € 1 milhão e ganhar todos estes presentes, mais uma viagem para dois à Grécia e uma cesta com alimentos típicos do país, além da “gratidão dos cidadãos europeus, e, em particular, dos gregos.”

Feeney garante que a campanha não é uma piada. “Entendo porque as pessoas podem pensar que é uma piada, mas o financiamento coletivo pode ajudar de verdade, porque é um caso de se mover e fazer isso. Eu estava de cansado de ver a crise grega andar em círculos enquanto políticos enrolam, e isso estava afetando as pessoas de verdade.”

Originalmente, a campanha de Feeney oferecia uma “pequena ilha grega” para quem desse € 1,6 bilhão. “Acreditei que Tsipras aceitaria de bom grado, mas o Indiegogo me mandou um email informando que o governo da Grécia não concordou oficialmente com isso”, escreveu o inglês. “Uma moça grega me mandou um email dizendo que isso era ofensivo, então me desculpei. Não quis ofender ninguém. Estava pensando só em algo do tamanho de Inchmarnock, na costa da Escócia, que eu venderia de bom grado de fosse para salvar a economia britânica.”

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